(Reprodução/Ofuxico) |
Não gosto de escrever sobre outra coisa sem ser sobre
cinema. Partindo desse princípio que reina sobre meus dedos, quando eu faço uma
exceção pode ter certeza que é porque merece. Estou digitando como se essas
palavras fossem fruto de um bate-papo informal, assim já adianto que não estou
preocupado com nenhuma pessoa (seja ela a primeira ou a terceira) nem a maneira
corrida com que estou escrevendo esse texto.
Começando meu pequeno texto, fui convidado pelo amigo Paulo
Diniz para conferir a peça “Movie Stars”
em um teatro reinaugurado em copacabana.
Ao lado de minha mulher, li rapidamente a sinopse do espetáculo e logo
me interessei: interpretações de músicas de filmes nacionais e internacionais. Um
prato cheio para um cinéfilo, não? Após o longo dia de trabalho fui assistir o
espetáculo, vestido com minha camisa em homenagem ao filme “Psicose”, à caráter para o evento, como
manda o ‘modelito nerd cinéfilo’. Sentei na poltrona E02 e confesso que estava
preparado para uma peça teatral mas o que eu vi foi um verdadeiro show.
Toda segunda, dia da apresentação no Theatro Net Rio, um
convidado especial é chamado para dar o seu tom a uma das inesquecíveis
canções. No meu dia, fui brindado com uma interpretação emocionada do Léo Jaime
que interpretou um clássico da música e porque não dizer do cinema. Cantando
inesquecíveis canções do imaginário e da realidade dos amantes do cinema, a
dupla formada pelas atrizes/cantoras Gottsha
e Alessandra Verney se completam em cena (ou como preferir, no palco). De “Gilda” à “Xanadu”, de “Blade Runner”
à “A Bela e a Fera”, o público se
entusiasma em cada parte da impecável apresentação. É um show que você pode se
emocionar facilmente como um filme de Truffaut ou uma história nova iorquina,
sempre agradável, de Allen.
A minha canção favorita fica com “Flashdance”, da qual me lembrei de imediato do meu avô Heráclito,
que me ensinou a amar esse tal de cinema. Amante ou não da sétima arte
recomendo essa peça que está em cartaz em Copacabana, até a presente data.