O inglês Sacha Baron
Cohen volta a aprontar no mundo do cinema. Dessa vez ele estrela “O Ditador” filme onde tenta repetir a
fórmula que o levou ao estrelato, com “Borat”.
Porém, a grande quantidade de ‘mais do mesmo’ contido nesse novo trabalho
praticamente destrói qualquer tentativa de originalidade que antes costumava
ser a marca desse ator/comediante bastante polêmico.
Na trama, somos apresentados a um governante, ditador, que
adora viver do caos, mandado matar todos ao seu redor. Até que um certo dia, após uma viagem, é
traído pelos seus aliados e abandonado sem recursos (e sem barba) em uma cidade
americana. Entrando em oposição ao modo americano de viver a vida e se
apaixonando de surpresa, apronta muitas situações inusitadas interagindo com
todos ao seu redor sempre de maneira desagradável e autoritária que faz parte
de sua essência. O longa faz um contraponto à democracia e pode ser
interpretado como uma crítica ao sistema mesmo que muitas bobeiras vistas em
cenas queiram você pensar que o filme é desnecessário. É um típico caso
cinéfilo do ‘ame’ ou ‘odeie’. Tem momentos cômicos mas as besteiras ultrapassam
limites do razoável virando um trem de absurdos descontrolado.
O longa, que é dirigido pelo americano Larry Charles (que também dirigiu o horroroso “Bruno”), é uma grande decepção. Brinca quando não tem que brincar e
fala sério de maneira debochada o que atrapalha no elo com espectador (por mais
que essa seja a intenção). Sacha Baron
Cohen deveria se preocupar menos com a necessidade de chocar e focar na
profundidade dos personagens. Esses elementos e trejeitos que fogem do normal
fazem parte de uma fórmula que não se renova, perdeu a graça.
Para você que curtiu “Borat”
e detestou “Bruno” tire a prova real. Em vez de história, bobagens no fim do
túnel. Pô, sempre mais do mesmo!