A culpa de um beijo transforma sofrimento em amor, modelado
por uma das formas mais peculiares que seria possível.
Dirigido pela dupla David Foenkinos, Stéphane Foenkinos “A Delicadeza do Amor” chegou aos nossos
cinemas no final de maio com o compromisso de manter a tradição de filmes água
com açúcar que a França exporta aos montes durante todo o ano. Delicado como
seu título, o filme consegue agradar todo tipo de público, por meio de canções,
por rodadas de câmeras em 360 graus e diálogos muito bem construídos. O
entrosamento em cena de François Damiens
e Audrey Tautou é um ponto
fundamental para que o carisma transborde na tela.
Na trama, conhecemos Nathalie uma mulher bonita no auge de
sua vida que vive apaixonada por seu marido François. Um dia, após ir dar uma
corrida na rua, François é ferido gravemente e um tempo depois falece, deixando
Nathalie desesperada e sem rumo. Após 3 anos de luto, se dedicando fielmente ao
novo emprego a protagonista é envolvida em um relacionamento com um sueco que
trabalha na mesma empresa que ela. O amor em sua forma mais delicada e o
sofrimento em sua forma mais profunda são elementos que se misturam nesse
romance. Para embarcar e ser feliz nesse novo amor Markus precisará ter
paciência e conhecer todo o sofrimento da bela jovem.
A personagem passa por todas as fases de indignação após o
ocorrido. Rotinas são quebradas, objetos jogados fora, um sofrimento extremo toma
conta desses momentos. Um recomeço? Sim, lá no fundo daquelas duas almas a
busca é a mesma, de uma vida diferente agora um contando com o outro. A culpa
de um beijo em delírio se transforma em uma relação amorosa cômica e deveras
peculiar. O atrapalhado Markus, um sueco solteiro que se apaixona perdidamente
por sua chefe. Tem cenas impagáveis ao lado de sua paixão: o envio de um ‘smile’
errado, uma procura por uma noite romântica perfeita pela internet são alguns
exemplos do que esse simpático personagem apronta ao longo da história. Nathalie
é bem diferente de seu par. Mulher forte, determinada, vive basicamente para
trabalhar e aproveita pouco os prazeres da vida. O relacionamento complicado e
esquisito lembra muito um filme, também francês, chamado “Românticos Anônimos”.
Gosta de rir e curte pitadas de emoção? Dê uma chance a esse
filme francês que é água com açúcar mas agrada pelas situações e seus ótimos
personagens.