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ternura e o sombrio no Pet Cemitery
Na vida, tudo tem que ter um toque de amor, até na ciência.
O novo trabalho do brilhante cineasta americano Tim Burton, “Frankenweenie” chegou nos cinemas brasileiros na
última sexta (02). Cheio de personagens intrigantes e completamente fascinantes
o filme consegue comover a todos, sem exceção. A atmosfera sombria não escapa,
do início ao fim (marca registrada desse espetacular diretor), agregado a isso
uma leveza e ternura são incorporados nos diálogos e expressões deixando o espectador
completamente envolvido.
Na trama, conhecemos o jovem estudioso Victor Frankenstien,
pequeno rapaz que possui poucos amigos e leva uma vida normal de classe média
em uma cidade americana. Seu dia sempre fica mais feliz quando volta da escola
e passa inúmeras horas brincando com seu cachorrinho Sparky. Seus pais sempre
tentam incorporá-lo a outras atividades tentando levá-lo a ter mais amizades. Certo
dia, em uma partida de baseball seu melhor amigo sofre um acidente fatal
levando Victor a uma tristeza profunda. O jovem protagonista só consegue
renovar sua alegria quando em uma aula de ciência consegue ter uma ideia
brilhante para trazer de volta à vida seu melhor amigo.
Quando você perde alguém, esse não vai embora, fica guardado
dentro do nosso coração. Victor tem uma amizade muito forte com seu cãozinho
Sparky e a partir disso, mensagens lindas recheiam esse trabalho que por sua
essência podemos dizer que é uma trama emocionante, gera risos e lágrimas
constantes. Na profundidade dos personagens, em suas ações, percebemos os atos
movidos por inteligência e criatividade. Acima de tudo, é uma fita com conteúdo
oriundas do ótimo roteiro de John August.
O preto e branco cai como uma luva nessa brilhante animação.
Algumas pessoas não curtem ver filmes projetados dessa maneira, uma verdadeira
bobagem, pois o que importa é a qualidade da história e o quanto essa pode nos
emocionar. Burton tem todos os méritos, consegue fazer um longa metragem para
toda a família. No fundo é uma grande homenagem de Tim Burton a si mesmo. Ou alguém duvida que o famoso diretor não
tem um pouquinho desse personagem? Vejam o filme e tirem suas conclusões.
Liguem os motores! Salvem seus corações! De coração elétrico ou não, veja “Frankenweenie”!