Dirigida por Seth Gordon, que dirigiu o divertido Quero
Matar Meu Chefe, volta as telonas com o bem abaixo da média Uma
Ladra sem Limites. O filme é uma imperfeição completa. Roteiro,
direção, elenco nada se encaixa. Entre os protagonistas, é difícil saber quem
está pior, Jason Bateman (Relação Explosiva) ou Melissa
McCarthy (Missã: Madrinha de Casamento). É uma típica comédia
Hollywoodiana que mais parece um show de horrores.
Na trama, escrita por Steve Conrad e Steve Conrad (À
Procura da Felicidade) e Craig Mazin (Se Beber, Não Case! Parte 2),
acompanhamos a vida de um homem, pai de família, que possui um nome unissex,
Sandy. Por conta disso, descobre que teve a identidade roubada por uma pessoa
longe de onde mora. A partir daí, começa-se uma viagem muito louca que envolve
uma trambiqueira, um caçador de recompensas e muitas confusões.
As histórias que correm em paralelo, as chamadas subtramas,
são muito mal exploradas, deixando o espectador sem entender o sentido de
muitos desses personagens para com a história. Mandar alguém não ver o filme
beira ao absurdo mas tem cada caso que precisamos nos esforçar. O ingresso,
aqui no Brasil, é muito caro e o espectador merece no mínimo ver alguma
qualidade naqueles minutinhos que está sentado na sala escura. Essa nova
comédia pastelão é um típico filme do Adam Sandler (Cada um tem a Gêmea que merece),
sem ser representado pelo famoso comediante. É um tremendo festival ‘nada com
nada’.
Uma Ladra sem Limites, que teve um orçamento de U$$ 35 milhões,
é um dos piores filmes do ano, sem dúvidas. Tudo consegue ser executado da pior
maneira possível. É um festival de piadas sem graças, cenas que servem somente
para encher linguiça, uma resumo de um cinema de mal gosto que só serve pra
vender a pipoca.