O que esperar de um filme de ação com dois atores em final de carreira? Dirigido por Mark Steven Johnson (que comandou o terrível filme de Nicolas Cage, Motoqueiro Fantasma), Killing Season tem bons momentos mas a história sai dos trilhos quando os papéis dos protagonistas são invertidos de maneira tosca, sem nenhuma lógica. É apenas mais um filme de ação com histórinhas para encher linguiça.
Na trama, acompanhamos o aposentado general Benjamin ford (Robert de Niro), um homem ranzinza e que vive solitário em uma cabana longe dos agitos das metrópoles. Distante da família, certo dia resolve aceitar a ajuda do desconhecido Emil Kovac (John Travolta), um homem amargurado por um passado sangrento na guerra da Bósnia e que vai para os Estados Unidos em busca de vingança. Ao pior estilo gato e rato, ambos travam uma batalha de vida e morte com tentativas frustradas de terror psicológico.
O terror psicológico parece que vai ser a grande sacada do filme mas aos 45 minutos do segundo tempo conseguem estragar esse detalhe que seria fundamental para tornar a história mais atraente. Os dois atores famosos em cena tentam se virar com os seus fracos personagens. De Niro interpreta um aposentado e ex-militar, como já fizera parecido em muitos outros filmes, já Travolta inova com um cavanhaque de motoqueiro norte-americano com sotaque de sérvio (uma mistura bizarra, diga-se de passagem). Ambos, produzem até bons diálogos mas muito pouco para prender o espectador por muito tempo.
O longa-metragem tinha muitos ingredientes para agradar a qualquer tipo de público mas o roteiro consegue se perder quando começa a não fechar algumas subtramas, tornando o filme sonolento e sem nenhuma perspectiva de um desfecho que agrade ao público. É o típico caso da história com boa inteção mas muito mal contada. O filme só não é pior pois tiveram o bom senso de encurtar a fita.
O resumo dessa caça é uma temporada escassa de bons filmes de ação norte-americanos. O ano de 2013 é um período para os cinéfilos se esquecerem que em hollywood um dia já se produziu grandes clássicos do cinema. O público se renova, a pipoca fica mais gostosa, o refrigerante fica mais saboroso e continuam a fazer as mesmas historinhas irritantes que o espectador está mais do que cansado de assistir. Hollywood, renovação já!