Com muita futilidade, inutilidade e cenas horrorosas o novo
trabalho dos cineastas Shari Springer Berman, e Robert Pulcini (Os
Acompanhantes) é um filme ao melhor estilo conversa para boi dormir. Um dos atrativos do filme poderia ser a
presença da ganhadora do Oscar Annette Bening (Ginger & Rosa) porém
a veterana artista consegue, para grande surpresa negativa, uma de suas piores
atuações da carreira.
No pífio roteiro escrito por Michelle Morgan, acompanhamos a
vida tumultuada de Imogene (interpretada terrivelmente por Kristen Wiig). Entre
seus atuais desastres: acaba de terminar o seu longo relacionamento e sua
carreira está em ladeira abaixo. Sem dinheiro, ela é obrigada a voltar a morar
com sua excêntrica mãe (Annette Bening), que vive com um jovem ambicioso e
mentiroso.
Cenas escrachadas, de muito mal gosto recheiam a grande
confusão na tela. A história não segue uma lógica, deixando o espectador
perdido em diversos momentos. A atriz Kristen Wiig (Solteiros com Filhos) modela
sua personagem de maneira bisonha e pouco inteligente. Provavelmente, com essa
fraca atuação, conseguiu seu lugar na próxima cerimônia do Framboesa de
Ouro.
A direção é outro ponto que deixa muito a desejar. Adotando
algumas técnicas peculiares na composição das cenas e não preenchendo as
lacunas deixadas pelo roteiro. A câmera subjetiva (quando vemos o que o
personagem vê) logo no início já indicava que seríamos transformados em
jogadores de um modelo experimental de besteirol americano. Terríveis escolhas
da dupla de cineastas.
Quem escreveu o roteiro deveria saber que o público hoje em
dia está cansado de besteiras e cada vez mais se torna exigente, principalmente
com filmes hollywoodianos. Mesmo com o sucesso de Missão Madrinha de Casamento,
Kristen Wiig não conseguirá bons comentários desta vez, talvez por falta de
competência, talvez por falta de talento. Ou ambos.