Para delírio de milhares de fãs espalhados pelo mundo, chega
aos cinemas a continuação da saga de Bilbo Bolseiro e Cia, O Hobbit: A Desolação de Smaug.
Comandado por Peter Jackson, que faz uma pontinha nos primeiros segundos de
projeção, essa continuação é infinitamente superior ao primeiro filme em
relação a tudo o que você possa listar como fundamental para entreter qualquer
tipo de público. Fugindo de aranhas gigantescas, chamas poderosas de um dragão
assustador e monstrengos Orcs famintos por sangue, os nossos heróis, com a
ajuda dessa vez de Legolas (Orlando Bloom), voltam a enfrentar inúmeros
desafios em busca de seu objetivo.
Orçado em US$ 250 Milhões e com 161 minutos de fita, O
Hobbit: A Desolação de Smaug é o segundo filme da trilogia de adaptação
do livro O Hobbit, de J.R.R. Tolkien. Nesta segunda parte, voltamos a
acompanhar os novos desafios da jornada épica de Bilbo Bolseiro para recuperar
o Reino dos Anões de Erebor. Bilbo, os anões e Gandalf continuam sua ingrata
caminhada depois de serem salvos pelas águias nas Montanhas Sombrias (no
primeiro filme), chegando até a Floresta das Trevas onde são surpreendidos por
criaturas arrepiantes e pelos elfos que os capturam. Quando conseguem fugir da
prisão dos arqueiros orelhudos, precisam encarar o maior desafio dessa jornada:
roubar Smaug, um dragão que há muito tempo saqueou o reino dos anões do avô de
Thorin e que desde então dorme sobre esse tesouro.
Ágeis, corajosos e com verdadeiros corações de guerreiros,
os anões de Erebor brindam os espectadores com suas cenas quase circenses de
lutas e seus diálogos sempre bem humorados. Eles lutam, ajudam, brigam entre si,
mas no final do dia mostram uma união comovente que os faz não desistir de seus
objetivos. A cada nova sequência, entre um brinde e outro, os guerreiros
liderados por Thorin conquistam e reconquistam o público a cada minuto.
Por mais que maravilhosos personagens da trilogia O
Senhor dos Anéis dêem o ar de sua graça nesse segundo filme da
franquia, quem rouba a cena é Thorin. O lúcido e enigmático personagem, líder
da legião dos anões, é interpretado com bastante competência pelo ator Richard
Armitage (Capitão América: O Primeiro Vingador). Destemido, bravo e com uma
personalidade de causar inveja a muita gente, o pequeno guerreiro exala carisma
na telona.
Tauriel, personagem de Evangeline Lilly (Ex-Lost),
adiciona muita emoção à trama. Além de ajudar o famoso orelhudo elfo Legolas
com suas setas e facadas certeiras, vira médica para um certo soldado ferido e
figura central de um surpreendente triângulo amoroso com o arqueiro mais famoso
da trilogia O Senhor dos Anéis e um dos anões. A bela atriz canadense de
poucos trabalhos de expressões no mundo do cinema caiu como uma luva na
personagem.
Os efeitos especiais continuam no mais alto padrão que a
tecnologia deste planeta pode oferecer. Mas o mérito de Peter Jackson e sua
equipe não vem só disso. Reunir um roteiro envolvente, uma direção louvável e
cenas de tirar o fôlego, usando essa tecnologia mencionada, é uma tríplice mais
do que vitoriosa, inesquecível. Os padrões para criar um filme de fantasia que
agrade a qualquer tipo de público foram elevados de uma maneira considerável
por este audacioso projeto.
A aventura épica, dirigida pelo genial Peter Jackson (Almas
Gêmeas) é garantia de diversão do início ao fim. Com um corte seco em
seu desfecho e uma pergunta fundamental como gancho para o último filme da
saga, O Hobbit: A Desolação de Smaug deve agradar não só aos
fanáticos pelos textos de Tolkien mas também a todo mundo que ama cinema. Nessa
próxima sexta-feira 13, Jason será esquecido facilmente, corra para o cinema e
confira esse excepcional trabalho.