Em busca de um novo viver, às vezes, damos voltas e voltas.
Misturando subtramas interessantes com sonolentos, e nenhum pouco carismáticos personagens, o novo trabalho da atriz e
diretora Nicole Garcia, Um Belo Domingo,
daria certo se fosse um curta-metragem que mostra-se apenas o arco final dessa
história. Os atores, pouco inspirados, parecem engessados construindo muito
pouco seus personagens. De positivo, as lindas paisagens de uma Europa aos
olhos da nobreza.
Na trama, conhecemos o tímido/introspectivo/traumatizado
professor Baptiste Cambière (Pierre Rochefort), um homem que esconde de todos
seu passado. Certo dia, oferece uma carona para um de seus alunos e depois de
uma conversa com o pai do menino, acaba parando em uma praia paradisíaca e
conhece Sandra (interpretada pela belíssima atriz Louise Bourgoin), a mãe do
menino. Sandra, se encontra em uma situação financeira difícil e por isso, o
professor resolve ajudá-la mesmo tendo que enfrentar seu passado novamente.
A história demora para conquistar a atenção do público. O clímax
acontece quase no fim da história e não causa o impacto que deveria/poderia. A
direção de Nicole Garcia é apenas regular, mostra lindas paisagens mas não
consegue segurar a atenção nos momentos de interação dos personagens em cena.
Senão fosse o desfecho com um certo ar de surpresa e revelações, esse filme
seria facilmente figurinha carimbada nas listas de piores e mais chatos filmes
do ano.
Com uma abertura apenas modesta no circuito carioca, não vai
causar o burburinho da melhor forma de divulgação de um filme, o boca a boca.
Fotógrafos podem gostar do filme, produtores podem ter ideias de locações de futuras
produções ao assistir Um Belo Domingo,
os cinéfilos...bem, tem coisa melhor para assistir no circuito. O titulo
nacional bem poderia ser: um belo filme
de segunda! Se é que me entendem.