O poder do empreendedorismo está dentro de todos nós. Revolucione,
tome coragem, respire fundo e se jogue. O
novo trabalho do diretor Jon Favreau soa muito natural por diversos motivos.
Reuniu um grupo de artistas amigos: Downey Jr, Dustin Hoffman, Scarlett Johandson,
Sofia Vergara e montou uma história sobre o sonho e a liberdade de um experiente
chef de cozinha em ter o seu próprio negócio. Com ótimos diálogos, um roteiro
bem feijão com arroz e bons atores reunidos, Chef vem fazendo, merecidamente,
uma boa carreira no nosso circuito.
Na trama, acompanhamos a vida corrida do hiperativo chef de
cozinha Carl (Interpretado pelo diretor e ator Jon Favreau), um homem de meia
idade que possui um relacionamento amistoso com sua ex-mulher mas que nunca
conseguiu dar a atenção devida a seu único filho. Carl trabalha em um
restaurante onde se vê diariamente limitado aos pratos obsoletos que o dono do
estabelecimento (Dustin Hoffman) impõe. Certo dia, após conhecer o twitter e a
fúria de um renomado crítico culinário, resolve comprar um trailer e sair
vendendo comida pelas ruas. Assim, nessa nova vida, Carl redescobre o amor,
melhora o relacionamento com seu filho e passa a voltar a ter um grande prazer
pela arte do cozinhar.
Um dos pontos positivos a se analisar é a humildade dos
artistas que contornam a trama, que respeitam o roteiro e se colocam como
coadjuvantes a todo instante. O filme é do protagonista, tudo gira em torno de
um único personagem, há um certo limite respeitado que gera uma grande harmonia
na tela. O público ri, se vê em momentos dramáticos, há várias inflexões desse
roteiro bem simples mas deveras eficiente. O protagonista é forte, possui uma
empatia lúcida e clara do início ao fim. Quem está na cadeira do cinema sente
isso a todo instante.
O longa-metragem toca em um ponto muito interessante que é o
empreender. Esse projeto pode ser um trabalho que muitos professores poderiam
usar para instigar, ensinar, dialogar sobre carreiras e mercado de trabalho. O
cinema tem um grande poder de instigar a mente do espectador, as vezes dando um
certo gás para tornar um sonho realidade. Chef
não é o melhor filme do mundo, muito menos constará na lista dos melhores
filmes do ano, mas é um daqueles longas metragens que pode fazer você repensar
sobre sua vida.