A vida é uma grande bagunça, uma eterna arte de saber andar na roda
gigante. Baseado no livro de sucesso de Gayle Forman, o novo blockbuster a
chegar nos cinemas brasileiros, Se Eu
Ficar, é um projeto muito interessante que possui diversos pontos positivos.
Os diálogos movidos a rock and roll, o carisma dos personagens e o excelente
roteiro adaptado, são alguns dos destaques desse emocionante filme. A inflexão
da linearidade do roteiro, transforma o ritmo da história, fazendo com que o
espectador não consiga desgrudar os olhos da telona.
Na trama, conhecemos a história de Mia Hall (Chloë Grace Moretz), uma
jovem e talentosa musicista que vive uma vida feliz ao lado da família e do
grande amor de sua vida, Adam (Jamie Blackley). Tudo ia bem, até que um dia de
muita neve na estrada, um terrível acidente acontece e desleais consequências
catastróficas atingem em cheio essa jovem. Com uso de flashbacks, vamos
conhecendo todos os grandes momentos da vida de Mia, até a hora da decisão
final que ela precisa tomar.
Lágrimas e lágrimas, sim. Mas o filme é muito maior do que o nosso medo
de se emocionar em uma cadeira de cinema. O clima ansioso do arco introdutório se
torna um drama daqueles de machucar bem forte nossos corações. Ela escolheu
Beethoven e o violoncelo, ele escolheu os Stones e guitarra. A história de amor
embutida na trama, entre Mia e Adam é muito bonita, repleta de momentos
inesquecíveis. Mia Hall é mais um belo personagem executado pela espetacular
atriz Chloë Grace Moretz. Nós conhecemos toda a história através dos olhos
dela, que possui uma visão do mundo como a de muitos jovens dessa idade:
sonhos, dúvidas, paixões, amores, amizades intensas, dramas e dilemas. O
espectador embarca em uma estrada de emoções variadas a todo instante e pode se
identificar com grande parte dessa trajetória.
Como o filme foi adaptado de um livro, com certeza vão existir milhares
de comparações. Uma coisa é certa, a roteirista Shauna Cross consegue realizar
um trabalho excepcional. O roteiro é pensado de forma a preencher todas as lacunas
que o livro possui. Os personagens são ótimos e muito bem executados pelos
atores. Além da protagonista, vale o destaque para Joshua Leonard e Mireille
Enos que fazem os pais de Mia. Ambos possuem uma força cênica impressionante e
fazem um contraponto interessante na história, enchendo a tela de alegria com
ótimos diálogos.
Não sentir mais o cheiro das aventuras culinárias de seu pai, não ouvir
os hilários comentários da mamãe metaleira, não viver novas e maravilhosas
aventuras apaixonadas com o grande amor de sua vida. Mas Mia tem uma
escolha, tem a música, tem o amor. O que será que vai acontecer? Qual será o
final dessa história? Preparem os lenços, comprem a pipoca e não deixem de
assistir a esse belo longa-metragem.