03/12/2014

Crítica do filme: 'Canção para Marion'



E se acontecer de você vir a garota mais bonita do mundo? Cante para ela! Explodindo carisma e alegria, principalmente do elenco da terceira idade, chega aos cinemas nesta quinta-feira (04.12.14), um dos projetos mais legais do ano, o drama com pitadas cômicas Canção para Marion. A simpatia e a alegria de todos no coral vão gerar lindos sorrisos na maioria dos espectadores. O filme trata de um tema duro, denso, complicado mas a história se desenrola de maneira tão doce e amável que chega bem forte em nossos corações.
 
Entre um cigarrinho e outro, o ranzinza Arthur (Terrence Stamp) vive com sua mulher Marion (Vanessa Redgrave) em uma casa simples num bairro afastado do grande centro. Marion possui uma doença terminal e a única alegria que possui em seus melancólicos dias é cantar e se reunir com o coral da cidade, repleto de outros carismáticos velhinhos. Arthur, a acompanha em todos os ensaios mas faz questão de ser antipático com todos. Quando Marion falece, Arthur começa a tentar se reconstruir com a ajuda de todos que conhecem sua dolorosa história.

Terrence Stamp e seu Arthur, e a eterna dama Vanessa Redgrave e sua Marion possuem uma sintonia afiada em todas as cenas deste belo projeto. Para complementar e ser o chantilly dessa deliciosa história, Gemma Arterton e sua delicada personagem Elisabeth dão o toque, o elo, que a trama necessitava, deixando essa fita bem mais especial. Há carisma em todos os curtos 90 minutos de fita, os diálogos são profundos, as músicas emocionantes. O filme ainda tem o mérito de colocar os artistas para cantar e isso aparecer no filme, diferente do medroso filme de Dustin Hoffman, O Quarteto.

Dentro de nossos corações, alguém sempre vai comandar a festa, vai se unir com nossos sonhos, vai nos fazer crescer e a cada dia que passa vamos desejar nunca nos separarmos. Esse filme retrata bem isso, a reconstrução que o amor pode fazer na vida de uma pessoa. Você não pode perder!