Perder uma ilusão torna-nos mais sábios do que encontrar uma
verdade. Dando seguimento na história que fez um bom sucesso de crítica e
público no ano de 2013, Truque de Mestre
2 dessa vez dirigido pelo cineasta californiano Jon M. Chu (do chatíssimo G.I. Joe: Retaliação), por incrível que
pareça acaba se perdendo no roteiro (tão elogiado no primeiro filme). Ao longo
dos longos 129 minutos de projeção, chegamos à conclusão logo após o primeiro
arco que os truques nas mangas acabaram. O elenco continua em sua grande parte
mas o carisma visto no filme de 2013 não consegue se manter em 2016.
Na trama, acompanhamos novamente os, agora bastante famosos,
cavalheiros do olho liderados por Dylan (Mark Ruffalo) precisam enfrentar a
fúria de personagens que combateram no primeiro filme. Assim surge Walter (Daniel
Radcliffe), um novo vilão, filho adotivo de Arthur (Michael Caine), um homem
megalomaníaco que planeja um plano maquiavélico e precisa da ajuda dos
ilusionistas que conquistaram o mundo. Ao mesmo tempo, ficamos sabendo de
misteriosas surpresas vindas de Thaddeus Bradley (Morgan Freeman).
Adeptos, nesse segundo ato, da lógica do Mister M. (explicar
alguns truques ao mundo), os personagens que conquistaram o público em sua
primeira história parece que se perderam, apagaram o brilho contido em suas
apresentações do passado. No final, parece que se tornara uma espécie de 11
homens e um segredo feita de maneira corrida. Tentando surpreender o público
com revelações bombásticas que nunca desconfiamos no primeiro ato, o roteiro
tenta se moldar para deixar essa parte como grand finale, o famoso clímax.
Porém fracassa em sua proposta. A direção também acaba perdendo o dinamismo do
primeiro filme. Resumindo, é uma série de fatos que tornam esse filme bem
abaixo da média.
Truque de Mestre 2
estreou no Brasil no início de junho deste ano e passou quase que desapercebido
pelo circuito. Faltou história, faltaram novos e impactantes personagens,
faltou carisma. Não chega a ser a grande decepção do ano mas uma das.