O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza de seus
sonhos. Pré-selecionada por Cuba para concorrer à disputa ao Oscar 2016 de
Melhor Filme Estrangeiro, Viva é um
daqueles filmes que vão fisgando nossa atenção aos poucos e que no final nos
brinda com uma linda lição de vida e busca pelo sonho. Dirigido pelo cineasta irlandês Paddy
Breathnach, o projeto conta com atuações inspiradas, principalmente de seu
protagonista interpretado pelo jovem ator cubano Héctor Medina.
Nessa grata surpresa, que estreia nos cinemas brasileiros no
próximo dia 01 de dezembro, conhecemos a história de Jesús (Héctor Medina), um
jovem que ganha a vida como cabeleireiro e sonha se tornar uma grande estrela
do show de transformistas de um clube de Havana comandado por Mama (interpretado
pelo excelente Luis Alberto García). Certo dia, após conseguir sua chance
depois de uma audição, durante seu primeiro show, é agredido por um homem bem
mais velho que se revela seu pai, de quem não tem notícias desde os 3 anos de
idade. A partir desse inusitado encontro, ambos precisarão equilibrar suas
diferenças e tentar ter uma relação verdadeira de pai e filho.
Selecionado para o prestigiado Festival de Sundance, Viva fala sobre amores, preconceitos
sonhos e família. Cada um desses tópicos são abordados pelo roteiro de maneira
bastante profunda. No primeiro ato, uma apresentação encovada do protagonista,
logo criamos uma empatia pelo personagem, fruto talvez da impressionante
atuação de Medina. No segundo ato, o filme parecia que ia se perder com
subtramas pouco exploradas e personagens buscando seu entendimento mas logo se
chega nos atos seguintes onde segredos são revelados e o protagonista mostra
seu amadurecimento, deixando a conclusão com fortes cargas de emoção.
Um sonho fala mais alto que qualquer preconceito. O
desenvolvimento do protagonista é impressionante. Outrora fraco, sem ambições e
completamente perdido do que fazer com sua vida, se torna um ser humano mais
forte, quebra preconceitos e esfrega na cara de todos que quando sonhamos e
acreditamos, com a ajuda de terceiros ou não, chegamos onde queremos. Viva vale o ingresso. Não percam!