A maneira como tratamos nossos pais e irmãos é a forma como
iremos tratar o mundo inteiro. Falando sobre o amor de irmãos e muito também
sobre as rotinas/rituais familiares, o longa metragem, já sucesso de bilheteria
no mundo a fora, O Poderoso Chefinho,
é mais um drama/aventura/comédia que utiliza técnicas de animação que possui um
resultado satisfatório na telona. Com muitos momentos cômicos, explorando
bastante o imaginário da criançada e com muitas lições espalhadas ao longo dos
100 minutos de projeção, O Poderoso
Chefinho é uma grande aula de como fazer um filme agradável para públicos
de todas as idades.
Na trama, conhecemos um jovenzinho que é amado e idolatrado
por sua mamãe e seu papai. Filho único, tem praticamente o universo todo pra si
além de adorar se imaginar em diversas histórias de aventura. Tudo isso muda
bastante quando chega um bebê, toda a atenção que o jovenzinho tinha é
transportada automaticamente para o bebê. Só que esse não é um bebê comum, ele
fala, usa terno e carrega uma maletinha misteriosa. Após inúmeras situações, o
jovenzinho e o bebê acabam se unindo para combater um CEO de uma empresa que
deseja acabar com os sentimentos de amor no mundo.
O arco inicial é muito bem construído, conhecemos
rapidamente a rotina da família do jovenzinho e nos identificamos com muitas
sequências. Com a chegada do bebê falante, já no arco dois, a trama fica um
pouco confusa até a explicação bastante criativa de vários porquês que surgem,
como a principal delas: porque o bebê fala? A partir do terceiro arco, já rumo
a sua conclusão, percebemos um amadurecimento da história com explicações um
pouco mais lógicas e com foco total nos sentimentos e emoções que uma família
pode provocar.
O Poderoso Chefinho estreou no circuito nacional faz algumas
semanas e as sessões continuam cheias. Não é um filme inesquecível mas é um bom
projeto que fala com muita autoridade sobre o sentimento pioneiro em nossa
vida, o mais puro que podemos sentir: o amor pela nossa família.