Na trama, conhecemos o misterioso James (James McAvoy), um
homem com certa ligação com agências internacionais. Durante uma passagem em um
lugar aconchegante e paradisíaco conhece Danielle (Alicia Vikander), uma
estudiosa exploradora do oceano (mais especificamente usa a matemática aplicada
à biologia) que descobre um novo desafio no abismo Ártico. Após dias de amor e
paixão, eles precisam encontrar seus destinos, James acaba acusado de ser um
espião por jihadistas africanos em Nairobi e Danielle embarca em uma jornada
perigosa rumo as profundezas do oceano.
Ambos ainda pensam um no outro, mas será
que ainda há possibilidades de voltarem a se encontrar?
O roteiro é não linear, busca nesse recurso explorar idas e
vindas, modos de pensar, durante e após o encontro entre os pombinhos. O filme
fica confuso em alguns momentos, deixando margens para uma certa ambiguidade
nessa linha temporal proposta. Mas um certo carisma nessa relação se torna
importante e funciona em cena. Cada um no seu destino, fica claro que não
estavam preparados para o amor na altura da fase de vida que estão, fato que os
surpreende, traz o medo e o desejo de não abandonar. É um retrato do amor sem
todas as fases, reunindo a saudade de maneira intensa, o que dá forças,
influencia, causa preocupação.
O desfecho aberto traz asas à nossa imaginação. Tratado como
metáfora e lapidado com tons poéticos, tendo o mar como referência em muitos
momentos, Submersão é a forma de
Wenders dizer que o cinema possui pulsações mas que nem todos conseguem sentir.