Até onde vai nossa força para perdoar e seguir em frente?
Camuflado de filme religioso baseado em uma famosa canção gospel norte
americana, Eu Só Posso Imaginar estreou
no circuito brasileiro faz poucas semanas como uma aguardada estreia, até mesmo
pela distribuidora do filme do Brasil que abriu pré-vendas para a semana um do
filme. Até coachings – professores que criam exercícios para você enxergar algo
que não consegue dentro de si, e onde, no mundo, Tony Robbins é o Pelé deles – procuraram
cinemas para usar o filme como inspiração. Dirigido pelos irmãos Andrew e Jon
Erwin, o longa conta com uma atuação muito competente do Dennis Quaid.
Na trama, conhecemos Bart Millard (J. Michael Finley) um
jovem inteligente que namora faz anos a mesma namorada e tenta desenvolver sua
vida já no fim dos estudos da high school norte americana. Porém, a cada passo
que dá, um imenso obstáculo se monta, tudo por conta da relação conturbada com
o pai, Arthur (Dennis Quaid), um alcoólatra que sempre o tratou da pior maneira
possível, e, além de tudo, afastou a mãe de Bart. Assim, o protagonista resolve
fugir em busca de uma vida melhor e aos poucos acaba descobrindo, quase sem
querer, uma aptidão para a música. Mas para conseguir alcançar altos objetivos
dentro da carreira musical, ele terá que voltar ao seu passado e reescrever sua
história com seu pai.
O espectador que não está familiarizado com a história do
Mercyme (a famosa banda de Bart), ou do próprio Bart, passa muitos minutos
pensando qual é essa música que é mencionada durante todo o filme e que é um
sucesso de público e crítica. Deixando o lado musical de lado, como filme, Eu Só Posso Imaginar possui um roteiro
cheio de reviravoltas onde o tema principal sempre rodeia os arcos, gerando
emoções às vezes forçadas (é verdade) mas não deixando de transmitir uma
mensagem bonita para quem assiste.
Dennis Quaid adiciona bastante nas cenas emocionantes que
participa, parece ditar o tom de todo um arco. Seu personagem é tão importante
quanto o protagonista, é a página virada que precisa voltar para que o filme
tenha sentido. A relação de pai e filho, em todas as suas etapas é bem
detalhada, com cenas muito bonitas.