Passando que nem uma
flecha pelo circuito exibidor esse ano, a ação recheada de clichês
Fúria em Alto Mar é o que
podemos dizer de mais do mesmo da indústria hollywoodiana. Baseado
no livro Firing Point,
de Don Keith e George
Wallace, o projeto, repleto de
nomes conhecidos do grande público, leva para a tela situações
absurdas de um eminente conflito a partir de um sequestro do mais
alto comando russo. Ao longo dos sonolentos 120 minutos de projeção,
consumimos uma grande falta de criatividade narrativa e atuações
dignas de framboesas de ouro.
Na
trama, acompanhamos uma inusitada situação envolvendo Rússia e
Estados Unidos, submarinos e decisões críticas que serão tomadas.
Em um determinado dia, a Rússia sofre um duro golpe militar e seu
presidente é sequestrado pelos próprios russos. O problema é que
poucos sabem a verdade sobre o ocorrido, deixando os ânimos entre as
duas potências a beira de um início de Terceira Guerra Mundial.
Correndo contra o tempo, os integrantes de um submarino norte
americano, liderado pelo recém-promovido a capitão Joe Glass
(Gerard Butler) tenta
descobrir as verdades e evitar um eventual conflito.
Os
furos do roteiro são peças importantes que nos conduzem a uma série
de confusões sobre a narrativa. As peças demoram para se juntar,
desde o primeiro arco de apresentação dos principais personagens,
passando pelas nuâncias do provável conflito e o arco de desfecho
louvando um respeito militar entre capitães. O foco do projeto é o
lado norte americano, e as faltas de informações sobre os
principais pontos do ocorrido. Indo apenas na superfície para
detalhar o outro lado do conflito, o roteiro desliza em seus
desfechos, não conseguindo atingir o clímax necessário para
conseguir a atenção dos olhos cinéfilos.
Gostando
de filmes de ação, pode ser até que agrade. Sendo assim, esqueçam
as aulas de história, todos os livros sobre os principais conflitos
que o mundo já teve, o que interessa é comer pipoca e viajar em uma
trama para lá de incongruente.