Como homenagear um dos grandes gênios do humor? Dirigido
pela competente documentarista Susanna Lira, Mussum, um Filme do Cacildis, documentário que passou rapidamente
pelo circuito brasileiro de exibição e hoje já deve estar em algumas das atuais
plataformas de streamings, não deixa de ser antes de mais nada uma grande
homenagem a um dos ícones não só do humor mas do cinema e da televisão quando
pensamos não só em humor mas também em música. Ao longo de menos de 80 minutos
de projeção, conhecemos um pouco sobre a personalidade e a vida de Antônio
Carlos Bernardes Gomes, o querido Mussum.
Vindo de família pobre, morador da rua são Francisco Xavier,
sua mãe cozinhava nas casas dos ricos enquanto o jovem Antonio Carlos ia
avançando na escola. Sua paixão pelo samba começou cedo e logo encontrou sua
amada Estação Primeira da Mangueira. Assim, acabou encontrando sua primeira
vocação para a música e através de curiosidades, talvez desconhecidas do grande
público, conhecemos mais detalhadamente o grande sucesso de Mussum como músico,
integrante do famoso grupo Os Originais do Samba. Mas a vida lhe reservaria um
novo capítulo que o deixaria conhecido de maneira que ultrapassaria gerações.
Através do amigo Dedé Santana, entra como integrante dos Trapalhões grupo que
revolucionou a forma de fazer humor na teledramaturgia brasileira, além de ter
sete dos 50 maiores sucessos de bilheteria, até hoje, do cinema nacional.
Pai rígido com a educação de seus 5 filhos de diferentes 5
mulheres, a vida pessoal de Mussum não é avançada rumo a um apanhado mais
profundo, o que abre brecha para tocar em um assunto importante e sempre atual
que é sobre o preconceito contra os negros e a forma como Mussum lidava com
isso na vida real. Um dos poucos rostos famosos e conhecidos nacionalmente
negros na sua época auge, quebrou preconceitos para chegar a um lugar especial
no coração de todo mundo que gosta de uma boa risada.