A eterna vontade do destino em nos guiar por onde nunca
imaginaríamos caminhar. Impulsionado pela grande atuação do sempre ótimo Leonardo Medeiros (vejam o filme Não por Acaso), Kardec surpreende pela seu ritmo e detalhes que ultrapassam as
barreiras de quem acha que só quem é adepto ao espiritismo vai gostar dessa
obra. O roteiro se baseia em uma busca
pelas minúcias que transformaram a vida do prestigiado professor francês Hypolite
Leon Denizard Rivail, mais tarde conhecido por Allan Kardec. Um dos bons filmes
nacionais lançados no cinema esse ano.
Na trama, conhecemos o professor Leon (Leonardo Medeiros), um educador de uma prestigiada escola francesa
que após perder a paciência pela interferência em sua método de ensino, acaba
sendo chamado a conhecer uma nova maneira de enxergar o mundo através de reuniões
quase que escondidas onde outros, de outros planos, fazem contato através de
outras pessoas. Impactado e no início totalmente descrente do que é aquilo que
vivencia nessas reuniões, acaba sendo convencido a ser um dos porta vozes
através de textos impactante de pessoas que não estão mais em nosso plano. Lutando bravamente contra a força contrária
da igreja católica e contra a absurda censura a liberdade de expressão, agora
já conhecido como Kardec, leva o que escuta para olhos de todo o mundo.
O filme se torna mais instigante para quem não conhece
Kardec e sua obra. O trabalho de pesquisa foi muito bem feito e mesmo com as
licenças poéticas contidas no filme, o francês pelo português entre outros,
essa obra nacional se torna ao longo de sua minutagem avançada em um produto de
conhecimento e entretenimento. Afinal, saber mais sobre o que existe fora das
nossas janelas também se torna uma forma de entendermos melhor o que tem dentro
de nossas casas.