Esquecer o passado? Para certas pessoas isso nunca vai
acontecer. Completando uma mão inteira de filmes emblemáticos desse gênero
(ação), que causa saudade dos anos 80 e 90, Rambo: Até o Fim fala muita das consequências de uma vida inteira
entregue para a batalha de um dos personagens mais carismáticos do universo do
cinema de ação. Imortalizado pela lenda Sylvester
Stallone, acompanhamos dessa vez um John Rambo em fim de carreira, já bem
cansado das lutas que teve e em busca de algum oásis para relaxar sua
racionalidade distante da emoção. Para os fãs da saga, Stallone e Cia entregam
um bom filme que nos faz viajar para nossas memórias cinéfilas mais distantes.
Nessa nova caminhada do protagonista, acompanhamos John
completamente distante dos agitos das grandes cidades, quietinho em um rancho
que possui uma irada caminhada subterrânea, uma espécie de esconderijo do
herói, afinal, nunca se sabe se ele precisará usar suas estratégias de guerra a
qualquer momento. Ele vive com uma senhora a quem ajudou e sua neta, adestrando
cavalos e vivendo como nunca viveu. Certo dia, a jovem resolve ir procurar o
pai no México e acaba sendo sequestrada por criminosos ligados ao tráfico de
mulheres na região. Assim, Rambo volta a caça por justiça e está disposto a
tudo para devolver a jovem a seu lar.
Lançado no fim de setembro desse ano nos cinemas
brasileiros, Rambo: Até o Fim é pura
nostalgia, aliada a um carga dramática e as verdades do envelhecimento de um
homem que lutou bravamente como um soldado durante anos. Com o terreno de
personalidade fixado lá na década de 80 com o primeiro filme da saga: Rambo: Programado para Matar (esse,
adaptado de livro do escritor David
Morrell), somos testemunhas das perguntas e respostas que o personagem
principal se faz a cada instante, principalmente quando seu faro aguçado por
problemas sabem os caminhos que levam a determinas escolhas. Desde o Vietnã e
seus traumas abordados nos outros filmes, vemos nessa nova história os mesmos
espelhos, nesse caso uma abdicação a uma vida nova em paz e o retorno instantâneo
pelo seu desejo de vingança usando o que nasceu para fazer.
É ótimo assistir a filmes de ação com tanta força (talvez
por conta dos outros filmes), mesmo trazendo rostos conhecidos. Stallone vive
seus Rockys e Rambos sempre com muita força e carisma e tem o mérito de
conseguir se reinventar sem perder a essência dos personagens.