A força das mulheres contra a imbecilidade de homens sem
caráter. Baseado em fatos reais e com orçamento de 35 milhões de dólares, O Escândalo é um filme que se aprofunda no tema do assédio contra a mulher tendo
como ponto principal o escândalo envolvendo um dos homens da Tv Norte-americana
mais poderosos do mundo. Indicado a três Oscars o filme busca, sem muito
brilho, em seus corretos arcos, passar o máximo de detalhe sobre todo o
ocorrido mas acaba devendo pois não consegue amarrar as pontas de interseção de
maneira mais profunda. Vale a mensagem do filme que pode servir como força para
muitas mulheres denunciarem caso sofram ou tenham sofrido abusos no trabalho ou
em qualquer lugar.
Na trama, conhecemos três histórias que ocorrem no mesmo
ambiente de trabalho mas em situações diferentes. Gretchen Carlson (Nicole Kidman) é um experiente apresentadora
que está há 14 anos na Fox News e decide por conta de acontecimentos do
passado e do presente denunciar o assédio contra um chefão do alto setor do
comando da emissora que trabalha, Roger
Ailes (John Lithgow). Paralelo a
isso, acompanhamos também a novata Kayla Pospisil (Margot Robbie) que sofre um terrível assédio na sala de Roger e
após conseguir tomar coragem se une ao grupo de mulheres que também sofreram
assédio de Ailes. E no foco principal disso tudo Megyn Kelly (Charlize Theron) a apresentadora mais
famosa da emissora resolve liderar e reunir as denúncias contra Ailes.
Por mais que tenham pontas soltas no roteiro, as três artistas
principais estão muito bem em cena. Inclusive, Margot e Charlize concorrem ao
Oscar desse ano por seus respectivos papéis nesse projeto. O preenchimento de
pano de fundo e os argumentos colocados em tela para denunciar o ambiente de
trabalho tóxico vivido pelas personagens chegam em boas doses aplicados ao
talento em tela já comentado. Mas podia ter sido mais impactante, o roteiro de
Charles Randolph (A Grande Aposta) teve
perto de ser muito bom mas acaba fracassando nas linhas de interseção entre os arcos.