As verdades íntimas de pessoas que pensamos conhecer. Dirigido
pelo cineasta espanhol Roger Gual, 7 Ãnos mais parece uma peça de teatro
com situações que se desenvolvem através dos argumentos de cada uma das pessoas
envolvidas em uma trama que definirá o futuro de uma empresa e de cada um
deles. Instigante e com ótimas críticas sociais, o filme navega entre a linha
tênue entre o certo e o errado e nos mostra um certo eufemismo em argumentos
pretenciosos de vilões capitalistas.
Na trama, conhecemos Vero (Juana Acosta), Marcel (Alex
Brendemühl), Luis (Paco León) e
Carlos (Juan Pablo Raba), quatro
sócios majoritários de uma empresa em crescimento milionário que são convocados
em pleno sábado, dia que não trabalham, para uma reunião emergencial onde um
deles precisará assumir a culpa de um problema contábil e ir para a prisão
durante 7 anos para poder salvar a empresa e a todos os outros. Sem saberem
direito como tomar alguma decisão, o quarteto que se diz muito amigo contrata
um mediador profissional para acompanhar os rumos dessa curiosa decisão.
Durante as horas que se seguem de maneira bastante
acalorada, descobrimos traições, amores escondidos, pensamentos nunca expostos,
além, de todo e qualquer tipo de argumento para ‘tirar o seu da reta’. É um jogo
de egoísmo e egocentrismo onde duplas de tornam trios e de repente ficam
sozinhos, em discussões que vão desde os primórdios da empresa até a
necessidade de cada um deles estarem no presente e nos rumos que deveriam
tomar. Lealdades são colocadas à prova a todo instante rumando a um desfecho
para lá de simbólico. Bom filme, disponível na Netflix.