As dores de traumas do passado em um ambiente hostil e cheio
de melancolia. Um dos indicados ao prêmio de melhor curta de animação do Oscar
de 2017, Borrowed Time utiliza a
técnica de animação para dar luz a uma história que fala sobre como um momento
pode guiar toda uma vida. Escrito e dirigido pelo trio da Pixar Andrew Coats, Lou Hamou-Lhadj e Mark C.
Harris, o faroeste curtinho é um dos bons curtas de animações dos últimos
anos.
Na curta trama, acompanhamos em rápidos dois tempos a história
de um jovem e seu pai xerife que ao passar por uma situação de risco o segundo
acaba morrendo nas mãos do filho. De volta ao mesmo lugar onde tudo ocorreu
muitos anos mais tarde, o filho, agora velho e que seguiu na carreira da lei
também, precisa enfrentar seus traumas do passado.
Profundo e bastante humano. No universo de conjuntos das
leis as emoções são muito intensas e traumas viram pesadelo que podem percorrer
durante anos. Essa relação de perda entre filho e pai nos leva a questionar
valores e situações, quando há mais pingos de consequências para qualquer ato
principalmente quando pensamos no perdoar, no sem querer. A mágoa com o
ex-momento o leva a tal das segundas chances, onde alguns conseguem atravessar
a ponte do sentido daquilo tudo que viveu. Borrowed
Time é bruto em sua essência mas necessário para muitas almas.