Algumas reviravoltas que matam a experiência do espectador. Um Amor, Mil Casamentos, novo filme no
catálogo da Netflix nesses tempos de pandemia tanta causar riso adotando a fórmula
de Morte no Funeral (o original
principalmente) mas que se perde totalmente após uma inusitada rebobinada que
joga fora toda o primeiro arco. A partir daí tudo se desmonta e contamos os
minutos acabarem lentamente como um grande sofrimento que nossos olhos estão sendo
testemunhas. Dirigido pelo cineasta britânico Dean Craig (roteirista de
Morte no Funeral), o filme bate na tecla da repetição e dos clichês se
tornando mais um filme esquecível.
Na trama, conhecemos Jack (Sam Claflin) um jovem engenheiro estrutural beirando aos 30 anos
que durante uma passagem pela Itália para visitar sua irmã, acaba conhecendo
Dina (Olivia Munn) e se apaixona mas
a despedida deles não foi como a esperada. Anos mais tarde, o protagonista está
de volta à Itália para, agora, o casamento da irmã e tem a chance de reencontrar
esse provável amor, só que outras subtramas e outros excêntricos personagens
aparecerão para transformar tudo em uma grande confusão. O filme conta com uma
peculiar rebobinada que mexe bastante nos rumos de todos.
Será que o sonho de todo roteirista é driblar os clichês e
analogias óbvias com outros filmes? Acredito que não, porque, como todos sabem,
cinema é uma indústria e agradar a parte do público com risadinhas e momentos
tragicômicos limitados acaba virando receita de bolo de muitas produções ao
longo de todos os anos. Em Um Amor, Mil
Casamentos o filme começa de uma forma e seu desenrolar se perde completamente
deixando claro e evidente a falta de carisma dos personagens e muita falta de
força cênica. Tudo é extremamente forçado, com ritmo descontrolado munidos de caras
e expressões de espanto/cômicas.
Sem pretensão em tentar ser um bom filme a mais do que um
tipo de público, as limitações são migalhas reunidas desde o primeiro minutos
até o sonolento desfecho. Abordar ações e consequências em ‘estradas’
diferentes são para poucos, talvez se adotassem a fórmula do ponto de vista
seria mais certeiro. Fora que, em minutos momentos parece uma cópia muito mal
feita de Morte no Funeral. Isso
incomoda que pesca as referências.