26/09/2020

Crítica do filme: '1996'


Reviver os misteriosos OVNIS de varginha. Selecionado para o ótimo festival Rock Horror Film Festival de 2020, o média/curta-metragem brasileiro, 1996, roteirizado e dirigido pelo cineasta mineiro Rodrigo Brandão é um filme que navega em um Found Footage bastante criativo para dar luz ao seu recorte aterrorizante sobre duas amigas que resolvem cortar caminho pela cidade de varginha e veem suas vidas tomarem rumos inesperados. Em 15 minutos, Brandão consegue prender a atenção do público dessa trajetória toda filmada, ótimo uso da linguagem.

Na rápida história, acompanhamos Bia (Léa Nogueira) e Luisa (Yuly Amaral), duas inseparáveis amigas da faculdade que resolvem ir se divertir longe da cidade delas. A bordo de um Volkswagen antigo com placa de São Lorenço, Luisa resolve filmar a viagem toda com uma câmera que acabara de ganhar de presente. Quando Bia resolve pegar um desvio para fugir do trânsito, acaba indo parar na cidade de varginha onde o pneu do carro onde elas estão fura. Depois de algumas horas sem ver uma alma, encontram um homem que as ajuda mas logo um enorme barulho de coisa caindo gera curiosidade e os três vão lá ver o que é.

O uso do Found Footage (que é uma técnica de filmagem encontrada no rentável filme A Bruxa de Blair e outros sucessos de bilheteria) é bastante acertada, o filme ganha um ritmo importante e prende o espectador. Sem muitos efeitos especiais, o uso da criatividade nessas horas é a melhor ferramenta, inclusive, muito bem utilizada nesse filme. O Brasil precisa produzir mais filmes de terror, temos talento de sobra.