02/10/2020

E aí, querido cinéfilo?! - Entrevista #112 - Daniel Bertorelli


O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.

 

Nosso entrevistado de hoje é um cinéfilo brasileiro que mora em Virgínia, nos EUA. Daniel Bertorelli é raconteur, roteirista, ator, atleta, ‘mata um leão por dia’, um ‘take’ de cada vez. Apaixonado por filmes e atleta de longa data, fomos conversar com o Daniel para esse especial.

 

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

AMC - cinemão pipoca mesmo, salas iMAX com toda magnitude de imagem e som (e frescuras!).

 

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

De Volta Para O Futuro - imagine um menino vendo aquela magia toda (Zemeckis/Spielberg)? Foi ali que decidi ser ator.

 

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Difícil dizer. São muitos. É algo como a escolha de Sofia, seria injusto. Mas vamos lá: John Avildsen, Rocky (1976).

 

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Os Saltimbancos Trapalhões. Puro saudosismo, em uma época em que a produção nacional era quase nula, lá estavam os Trapalhões levando multidões aos cinemas. Deve ter mais filme lá fundo do meu cérebro, mas esse saltou na frente aqui agora.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Amor ao cinema. Simplesmente isso.

 

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

 

Not really. Depende da sala, mas em última instância o fator econômico se impõe. Daí vejo a importância dos autores criarem obras de arte e que também sejam comerciais. Aliás, quando o autor faz isso, geralmente é gênio.

 

7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Não. Sempre vai existir um doido para manter uma, nem que seja por hobby.

 

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

Sunrise (1927) de Murnau. Em português, Aurora.

 

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Sim.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Estou longe e um pouco desconectado. Não posso opinar.

 

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Nenhum. Essa pessoa não existe para mim.

 

12) Defina cinema com uma frase:

Luzes, câmeras... AÇÃO!

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:

Tom Cruise faz uma “embaixadinha” com a arma para atirar no vilão no fim de Missão Impossível 2, após dezenas de outros momentos heróicos. Nesse momento, uma voz grossa de um espectador, claramente sarcástico, ecoa no cinema em silêncio extasiado com o herói: “Tom Cruise! Eu te amo!” O cinema veio abaixo com as gargalhadas.

 

14) Defina 'Cinderela Baiana' em poucas palavras...

Não tenho ideia sobre o que você está falando.

 

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Não. Já vi diretores completamente imersos em sua própria obra e sem muito interesse em cinema em si.

 

16) Qual o pior filme que você viu na vida?

São muitos. E adoro filmes ruins.

 

17) Qual seu documentário preferido?

São tantos. Mas gosto bastante de Ilha das Flores.

 

18) Você já bateu palmas para um filme ao final de uma sessão?  

Claro! Várias vezes!