O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.
Nosso entrevistado de hoje é um cinéfilo brasileiro que mora
em Virgínia, nos EUA. Daniel Bertorelli é
raconteur, roteirista, ator, atleta, ‘mata um leão por dia’, um ‘take’ de cada
vez. Apaixonado por filmes e atleta de longa data, fomos conversar com o Daniel
para esse especial.
1) Na sua cidade,
qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da
escolha.
AMC - cinemão
pipoca mesmo, salas iMAX com toda magnitude de imagem e som (e frescuras!).
2) Qual o primeiro
filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.
De Volta Para O
Futuro - imagine um menino vendo aquela magia toda (Zemeckis/Spielberg)? Foi ali que decidi ser ator.
3) Qual seu diretor
favorito e seu filme favorito dele?
Difícil dizer. São muitos. É algo como a escolha de Sofia,
seria injusto. Mas vamos lá: John
Avildsen, Rocky (1976).
4) Qual seu filme
nacional favorito e porquê?
Os Saltimbancos
Trapalhões. Puro saudosismo, em uma época em que a produção nacional era
quase nula, lá estavam os Trapalhões
levando multidões aos cinemas. Deve ter mais filme lá fundo do meu cérebro, mas
esse saltou na frente aqui agora.
5) O que é ser
cinéfilo para você?
Amor ao cinema. Simplesmente isso.
6) Você acredita que a
maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas
que entendem de cinema?
Not really. Depende da sala, mas em última instância o fator
econômico se impõe. Daí vejo a importância dos autores criarem obras de arte e
que também sejam comerciais. Aliás, quando o autor faz isso, geralmente é
gênio.
7) Algum dia as salas
de cinema vão acabar?
Não. Sempre vai existir um doido para manter uma, nem que
seja por hobby.
8) Indique um filme
que você acha que muitos não viram mas é ótimo.
Sunrise (1927) de
Murnau. Em português, Aurora.
9) Você acha que as
salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?
Sim.
10) Como você enxerga
a qualidade do cinema brasileiro atualmente?
Estou longe e um pouco desconectado. Não posso opinar.
11) Diga o artista
brasileiro que você não perde um filme.
Nenhum. Essa pessoa não existe para mim.
12) Defina cinema com
uma frase:
Luzes, câmeras... AÇÃO!
13) Conte uma
história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:
Tom Cruise faz
uma “embaixadinha” com a arma para atirar no vilão no fim de Missão Impossível 2, após dezenas de
outros momentos heróicos. Nesse momento, uma voz grossa de um espectador,
claramente sarcástico, ecoa no cinema em silêncio extasiado com o herói: “Tom Cruise! Eu te amo!” O cinema veio
abaixo com as gargalhadas.
14) Defina 'Cinderela
Baiana' em poucas palavras...
Não tenho ideia sobre o que você está falando.
15) Muitos diretores
de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta
precisa ser cinéfilo?
Não. Já vi diretores completamente imersos em sua própria
obra e sem muito interesse em cinema em si.
16) Qual o pior filme
que você viu na vida?
São muitos. E adoro filmes ruins.
17) Qual seu documentário
preferido?
São tantos. Mas gosto bastante de Ilha das Flores.
18) Você já bateu
palmas para um filme ao final de uma sessão?
Claro! Várias vezes!