O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.
Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de Recife. Graduado
em jornalismo na UFPE, Júlio Cavani
já dirigiu e roteirizou premiados curtas-metragens como: História Natural (DCP, ficção, 2014) e Deixem Diana em Paz (35mm, animação, 2013), selecionados para mais
de 50 festivais de cinema nacionais e internacionais. É autor dos livros: Polinização (história em quadrinhos), O Coelho e o Leão (infantil) e José Cláudio: Aventuras à Mão Livre
(biografia). Como jornalista, atuou durante 14 anos no Diário de Pernambuco e colaborou para o Canal Brasil (2016 a 2019), o Correio
Braziliense, o Estado de Minas,
o Jornal do Commercio, a TV Universitária, o site Cinema Escrito e para as revistas Outros Críticos, Coquetel Molotov,
Billboard, Noize, Continente e DasArtes.
Desde 2015, assina a curadoria geral do festival internacional de cinema de
animação Animage, realizado no
Recife. Atualmente organiza o projeto Um
Curta Por Dia (@umcurta) no Instagram.
1) Na sua cidade,
qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da
escolha.
Acho que o Cinema São
Luiz é o mais importante tanto pela escolha de filmes que entram em cartaz
quanto por abrigar os melhores festivais de cinema do Recife. Como sala de
projeção, é também um espaço espetacular.
2) Qual o primeiro
filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.
ET, de Steven Spielberg.
3) Qual seu diretor
favorito e seu filme favorito dele?
Talvez Alfred
Hitchcock e Um Corpo que Cai.
4) Qual seu filme
nacional favorito e porquê?
O Bandido da Luz Vermelha
porque consegue atingir um nível máximo de originalidade de linguagem ao reunir
uma inesgotável riqueza visual com ritmo envolvente, temática relevante, bons
atores e som instigante.
5) O que é ser
cinéfilo para você?
Se cinéfilo é considerar ver filmes algo tão importante
quanto comer.
6) Você acredita que
a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas
que entendem de cinema?
Não acredito.
7) Algum dia as salas
de cinema vão acabar?
Não.
8) Indique um filme
que você acha que muitos não viram mas é ótimo.
Electroma.
9) Você acha que as
salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?
Acho que deveriam permanecer fechadas.
10) Como você enxerga
a qualidade do cinema brasileiro atualmente?
Boa, como sempre.
11) Diga o artista
brasileiro que você não perde um filme.
Gosto de acompanhar quase todos os longas produzidos no
Recife.
12) Defina cinema com
uma frase:
Cinema é uma experiência de vivenciar o mundo em diferentes
perspectivas simultaneamente.
13) Conte uma
história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:
Em uma projeção do filme Viva São João, o público batia palmas no ritmo das músicas.
14) Defina 'Cinderela
Baiana' em poucas palavras...
É um filme importante por reunir toda uma complexidade
cultural.
15) Muitos diretores
de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta
precisa ser cinéfilo?
Não precisa ser cinéfilo.
16) Qual o pior filme
que você viu na vida?
Os Dez Mandamentos
(2016).
17) Qual seu
documentário preferido?
18) Você já bateu
palmas para um filme ao final de uma sessão?
Sim, mas apenas em festivais e sessões de pré-estreia.
19) Qual o melhor
filme com Nicolas Cage que você viu?
Coração Selvagem.