O que seria de nós sonhadores sem o cinema? A sétima arte tem poderes mais potentes do que qualquer superman, nos teletransporta para emoções, situações, onde conseguimos lapidar nossa maneira de enxergar o mundo através da ótica exposta de pessoas diferentes. Por isso, para qualquer um que ama cinema, conversar sobre curiosidades, gostos e situações engraçadas/inusitadas são sempre uma delícia, conhecer amigos cinéfilos através da grande rede (principalmente) faz o mundo ter mais sentido e a constatação de que não estamos sozinhos quando pensamos nesse grande amor que temos pelo cinema.
Nosso entrevistado de hoje é cinéfilo, de São Paulo. Vitor de Oliveira tem 44 anos, é
roteirista, escritor, professor e dramaturgo. Criador do blog “Eu prefiro
melão”, um dos pioneiros a publicar textos de conteúdo próprio voltado para o
universo da teledramaturgia, que deu origem ao seu primeiro livro “Eu prefiro
melão – melhores momentos de um blog televisivo”. Atualmente, é um dos
redatores finais do humorístico “Vai que Cola”, exibido pelo canal Multishow,
onde também foi roteirista da série “A vila”.
1) Na sua cidade,
qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da
escolha.
Cine Belas Artes,
pela tradição e excelente programação.
2) Qual o primeiro
filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.
Algum filme dos Trapalhões,
que eram obrigatórios nas férias escolares das crianças da minha época.
3) Qual seu diretor
favorito e seu filme favorito dele?
Pedro Almodóvar. Tudo sobre minha mãe.
4) Qual seu filme
nacional favorito e porquê?
Bye, Bye Brasil,
de Cacá Diegues. Décadas depois
permanece atual e necessário.
5) O que é ser
cinéfilo para você?
É amar cinema, assistir a muitos filmes por dia nos
festivais ou simplesmente ir ao cinema numa tarde ensolarada no meio da semana.
6) Você acredita que
a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas
que entendem de cinema?
Não a maior parte, mas aqui em São Paulo tem um circuito de
filmes alternativos bem bacana.
7) Algum dia as salas
de cinema vão acabar?
Espero que não.
8) Indique um filme
que você acha que muitos não viram mas é ótimo.
O Baile, de Ettore Scola. Uma aula de história da
França do século XX contada sem diálogos. Genial!
9) Você acha que as
salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?
Sim, se cumprir todos os protocolos de segurança.
10) Como você enxerga
a qualidade do cinema brasileiro atualmente?
Muito boa. Viver de cinema atualmente no Brasil é um ato
heroico.
11) Diga o artista
brasileiro que você não perde um filme.
Betty Faria. E
diretora, Laís Bodansky.
12) Defina cinema com
uma frase:
Pessoas de mentira nos contando histórias de verdade.
13) Conte uma
história inusitada que você presenciou numa sala de cinema:
Bete Mendes
sentou do meu lado e me ofereceu pipoca. Que honra! (risos).
14) Defina 'Cinderela
Baiana' em poucas palavras...
Singular.
15) Muitos diretores
de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta
precisa ser cinéfilo?
Amar o que se faz é sempre bom.
16) Qual o pior filme
que você viu na vida?
Já esqueci.
17) Qual seu
documentário preferido?
Maria Bethânia -
música é perfume, de Georges Gachot.
18) Você já bateu
palmas para um filme ao final de uma sessão?
Sim, muitas vezes. Nos festivais de cinema isso acontece.
Lembro que a premiére de Pequena Miss
Sunshine foi ovacionada e com muitos aplausos ainda durante o filme.
19) Qual o melhor
filme com Nicolas Cage que você viu?
Peggy Sue, seu
passado a espera. Nem é dos mais badalados, mas bate forte em minha memória
afetiva.
20) Qual site de cinema
você mais lê pela internet?
Adoro cinema.
21) Qual streaming
disponível no Brasil você mais assiste filmes?
Netflix.