18/07/2021

Crítica do filme: 'Rua do Medo: 1966 - Parte 3'


Uma surpreendente conclusão na melhor das partes da trilogia. Geralmente o desfecho de trilogias chegam para explicar, cada qual na sua forma, tudo que fora construído no universo proposto. Rua do Medo: 1966 - Parte 3 consegue, além de um fechamento muito interessante, abordar mais uma vez a questão da homofobia e as razões por trás de todos os mistérios que estavam em nossa imaginação após assistirmos aos dois primeiros filmes. Misturando bruxaria e questões sociais, o projeto como um todo convence, mesmo tendo um primeiro filme perto do regular, um segundo mais interessante e esse terceiro muito bom.


Na trama, voltamos os olhos aos protagonistas iniciais. Correndo contra o tempo para buscar uma solução ao feitiço que está sob o corpo de Samantha (Olivia Scott Welch), Deena (Kiana Madeira) volta ao lugar do acidente do primeiro filme e lá se conecta de alguma forma com o passado, mais exatamente para 1666 época em que viveu Sarah Fier descobrindo enfim a verdade no seu ponto inicial. Após a descoberta vai atrás da solução e desmascarar enfim o verdadeiro culpado por tudo que vem acontecendo na cidade.


Nessa terceira parte o ritmo é alucinante. Satisfatório também o número de lacunas preenchidas, se pensarmos em uma visão geral tudo acaba fazendo sentido. Esse universo criado de bruxaria, assassinatos, gira em torno também do ego e da comodidade sem pensar no senso comum, na comunidade, nos amigos, nos vizinhos. O roteiro também abre espaço, não só nessa parte, para a questão da homofobia que acaba sendo um fator preponderante para todo o desenrolar da trama pois por conta do preconceito muitas situações acabaram gerando a onda de caos que o lugar onde os personagens vivem passara ao longo dos tempos.


Buscando ser mais que um filme de terror, nas linhas do slasher, a trilogia da Rua do Medo busca sua originalidade em uma complexa trama, cheia de aventura, drama e muito sangue. A questão agora é saber se vai ter mais. Porque o final desse filme....dá margem para imaginarmos isso né? Toda a trilogia está disponível na Netflix.