01/11/2021

Crítica do filme: 'Hypnotic'


Os nós na cabeça por conta de sugestões. Falando sobre o enigmático campo da hipnose, o longa-metragem dirigido pela dupla Matt Angel e Suzanne Coote é um suspense que caminha na obviedade para mostrar o mal uso da técnica, que deve o seu nome ao médico e pesquisador britânico James Braid, por um terapeuta repleto de camadas complicadas no campo emocional que recria ilusões afim de seus objetivos ligados ao seu passado. Disponível na Netflix, o filme pode agradar aos amantes do suspense mesmo que o clima de tensão seja bem raso.

Na trama, acompanhamos Jenn (Kate Siegel), uma mulher em busca de reconhecimento profissional que acaba de terminar um relacionamento após ambos não conseguirem superar a perda de uma gestação já no sexto mês de gravidez. Depois de encontrar uma grande amiga, conhece Colin (Jason O'Mara) um médico terapeuta que utiliza a hipnose como forma de ajudar seus pacientes. Pelo menos é isso que ele fala. Jenn acaba se envolvendo no universo complicado da hipnose e passa a perceber que Colin tem outros motivos para aplicá-la a técnica.


O roteiro tenta ser bastante didático quanto ao que sugerem ser o composto de começo, meio e fim da aplicação da Hipnose. Mesmo tendo uma grande dose de licença poética alia-se à trama misteriosa que mesmo sendo óbvia desde o início gera reflexões sobre a mente humana, no caso, não só do médico e suas erupções emocionais distantes de compreensão mas também as entrelaçadas e confusas escolhas da protagonista. Falando na protagonista, é nela que o foco todo está deixando pouco margem para o crescimento dos coadjuvantes, até mesmo explicações mais profundas do grande vilão do filme. Kate Siegel se esforça ao máximo para dar emoção à sua personagem principalmente nas cenas mais tensas, que chamam bastante a atenção.