Os nós na cabeça por conta de sugestões. Falando sobre o enigmático campo da hipnose, o longa-metragem dirigido pela dupla Matt Angel e Suzanne Coote é um suspense que caminha na obviedade para mostrar o mal uso da técnica, que deve o seu nome ao médico e pesquisador britânico James Braid, por um terapeuta repleto de camadas complicadas no campo emocional que recria ilusões afim de seus objetivos ligados ao seu passado. Disponível na Netflix, o filme pode agradar aos amantes do suspense mesmo que o clima de tensão seja bem raso.
Na trama, acompanhamos Jenn (Kate Siegel), uma mulher em busca de reconhecimento profissional que
acaba de terminar um relacionamento após ambos não conseguirem superar a perda
de uma gestação já no sexto mês de gravidez. Depois de encontrar uma grande amiga,
conhece Colin (Jason O'Mara) um
médico terapeuta que utiliza a hipnose como forma de ajudar seus pacientes.
Pelo menos é isso que ele fala. Jenn acaba se envolvendo no universo complicado
da hipnose e passa a perceber que Colin tem outros motivos para aplicá-la a técnica.
O roteiro tenta ser bastante didático quanto ao que sugerem
ser o composto de começo, meio e fim da aplicação da Hipnose. Mesmo tendo uma
grande dose de licença poética alia-se à trama misteriosa que mesmo sendo óbvia
desde o início gera reflexões sobre a mente humana, no caso, não só do médico e
suas erupções emocionais distantes de compreensão mas também as entrelaçadas e
confusas escolhas da protagonista. Falando na protagonista, é nela que o foco
todo está deixando pouco margem para o crescimento dos coadjuvantes, até mesmo
explicações mais profundas do grande vilão do filme. Kate Siegel se esforça ao
máximo para dar emoção à sua personagem principalmente nas cenas mais tensas,
que chamam bastante a atenção.