Com uma tentativa de história interessante, “A Beira do Abismo”, agradará alguns e levará a rejeição de muitos, por conta da péssima execução das idéias contidas no roteiro. O universo cinéfilo não perdoa, não adianta ter uma boa história se a execução dela não mantém o nível, vai gerar insatisfação. É exatamente o que acontece nesse filme dirigido por Asger Leth.
No elenco: Sam Worthington (“Avatar”), Elizabeth Banks (que sempre confundo com a Elisabeth Shue), Anthony Mackie, Jamie Bell ("Tintim") e as formas esculturais da atriz americana Genesis Rodriguez, além da experiência de Ed Harris. O problema do filme não é o elenco que em grande parte executa seu papel como deveria ser, o roteiro é que se torna o grande vilão da história.
Na trama, um homem se hospeda em um hotel (estrategicamente posicionado) abre a janela e ameaça se suicidar. Criada a confusão, a polícia é chamada. Assim começa um jogo de descobertas (de ambas as partes) que nos levam ao passado desse homem para enfim tentarmos acertar as respostas das lacunas em aberto. Porque será que aquele homem está nessa situação?
Algo que também não deu certo durante a história foram as piadinhas bobas do personagem Joey Cassidy (irmão do protagonista). Sem graça nenhuma, desenvolve uma certa antipatia de parte do público, tem diálogos chatos e insignificantes com a namorada.
A lógica da história, lembra muito um filme que será lançado no Brasil em breve chamado “A Tentação” (“The Ledge”). Esse sim, muito interessante. Já em seu final, o longa começa a ter cenas de ação intensas ao melhor estilo James Bond (aquelas mentiradas todas). A fita não precisava disso para se aproximar do espectador.
O nome do filme em português equivale ao sentimento cinéfilo pós-exibição. O filme é ruim? Tá na Beira do Abismo de ser!