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22/05/2021

Entrevista | Hsu Chien - Conheçam a estrela em ascensão no ramo da direção cinematográfica


Respirando cinema como poucos no meio audiovisual brasileiro desde o início da década de 90, o mais taiwanês dos brasileiros ligados à arte, Hsu Chien, é uma estrela em ascensão no ramo da direção cinematográfica. Muito conhecido por todo mundo que faz cinema no Brasil, o ex-estudante da UFF está prestes a lançar o seu quarto longa-metragem, Me Tira da Mira que tem no elenco os ex-participantes da última edição do Big Brother Brasil, Fiuk e Viih Tube.

Diretor do premiado curta-metragem Flerte (2014), inclusive dono do Prêmio de melhor filme no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro no ano de seu lançamento, Hsu é o que podemos dizer: um diretor cinéfilo! Um apaixonado pelo que faz, fato que contagia a todos ao seu redor. Para sabermos um pouco mais dessa personalidade contagiante, fomos conversar com o diretor e saber sobre alguns dos seus novos projetos e seu início de carreira.

 

1) Você é um diretor em grande ascensão no mercado audiovisual brasileiro. Trabalha faz décadas nesse meio do cinema, como foi o início da sua trajetória, os primeiros curtas-metragens, os trabalhos como assistente de direção, professor, jurado de festivais, aguardando enfim ter a chance de brilhar como diretor de um longa-metragem?

Sempre fui cinéfilo desde adolescente. Profissionalmente, meu pai queria que eu fosse médico. Mas eu estava bastante frustrado nessa área. Daí descobri que tinha um curso de cinema na UFF, o único na época, e resolvi largar tudo para fazer cinema. Meu pai ficou brabo comigo, mas como eu digo a todos, só se vive uma vez e eu não quero me arrepender daqui a alguns anos de não ter investido naquilo que sempre quis fazer. Depois eu corri atrás de estágios, bati na porta de mais de cinquenta produtoras, recebi muitos "Nãos", até que a oportunidade veio com a LC BARRETO que estava produzindo "O que é isso, companheiro?", em 96. Foi meu primeiro estágio na assistência de direção. Trabalhei em mais de 70 longas como AD (Assistente de Direção), e também programas de tv, séries e novelas.


Eu queria muito dirigir, daí banquei do próprio bolso uns 6 curtas, das quais recebi mais de 20 prêmios em festivais, entre eles, o Grande prêmio da academia do cinema brasileiro de melhor curta por Flerte, em 2015. O sucesso dos curtas me levaram a dirigir séries na TV GLOBO do Miguel Falabella, Sexo e as negas e Pé na cova, ambas com direção geral da Cininha de Paula. Dirigi séries em canais como Multishow, Cine Tv Brasil. Atualmente estou preparando meu quarto longa-metragem, como diretor contratado. Toda essa história veio pela minha dedicação full time e pela minha paixão cinéfila, que me fizeram ser um profissional bem visto pelo mercado.

 

 

2) Você já filmou durante a pandemia? Se sim, como está sendo esse processo de gravar durante a pandemia? Mudou muita coisa da rotina de uma filmagem?

Sim, filmei 6 curtas na ABC CURSOS DE CINEMA como Coordenador do curso de direção, acompanhando a direção dos meus alunos. E dirigi um longa em dezembro e janeiro de 2021, Me Tira da Mira, uma comédia policial com um super elenco e com cenas de tiroteio, explosão, perseguição de carros, já imaginou filmar essas cenas dentro do protocolo do audiovisual, cheio de senões? Mas deu super certo. Toda a equipe e elenco se protegendo bastante, a produção do filme bastante cautelosa, incluindo o catering e a figuração do filme. De 3 em 3 dias fazíamos testes de PCR no set de filmagem.

 

 

3) Previsto para chegar nos cinemas brasileiros no segundo semestre, um dos seus próximos filmes como diretor, a comédia ‘Me Tira da Mira’ tem Fiuk, Viih Tube, Cléo Pires e Fabio Jr. no elenco. Como você chegou até esse projeto? Por conta de Fiuk e Viih Tibe terem participado no Big Brother Brasil o filme poderá ter uma procura maior pelo público? Eles contaram a vocês que iriam ao reality? Ou você só ficou sabendo quando eles entraram na casa?

Por questões de assessoria do filme, infelizmente não posso dar informações sobre o filme. Mas sobre o reality, não ficamos sabendo não, só depois das filmagens.

 

 

4) Você participou de Veneza, produção muito aguardada dirigida por Miguel Fallabella. O que você pode falar sobre esse trabalho? Como foi trabalhar com Miguel?

A minha parceria com Falabella vem desde as séries da Globo, Sexo e as negas e Pé na cova. É uma honra enorme trabalhar com ele, um eterno aprendizado em todos os lados, ele é um fera em tudo, no teatro, tv, cinema. Veneza é um filme belíssimo, filmado em Montevideo e em Veneza. Um filme luxuoso, glamuroso, repleto de estrelas e uma honra enorme trabalhar com a atriz Almodovariana Carmen Maura.

 

 

5)  Como é o seu processo de escolha de profissionais para seus filmes? Você tem possibilidade de escolher pessoas de confiança ou muitas vezes já estão selecionados pela produção?

Geralmente é meio a meia, parte produção, parte sou eu. É sempre um processo, o que é importante, é entendermos que os profissionais escalados para cada função serão os melhores e atingirão o nível técnico e artístico desejado pro projeto.

 

 

6) Você é um talentoso e procurado professor de assistentes de direção e outras ‘matérias’ ligadas ao audiovisual. Qual a satisfação em contribuir com uma nova geração querendo aprender os caminhos do sucesso e para o mercado de trabalho que você faz parte?

Eu dou aula há mais de 15 anos, já dei na AICTV, na Darcy Ribeiro. Já dei palestras na Estácio, Puc, ESPM, enfim, circulo bastante nas faculdades de audiovisual. Toda hora tem algum Festival ou curso técnico que me chama para dar palestras pra galera de cinema. Atualmente dou aula de Assistência de direção e de direção na ABC CURSOS DE CINEMA. Dou aulas também de assistência de direção por conta própria, e já tive o prazer de ter tido mais de 800 alunos.


Recentemente, abri três turmas totalmente gratuitas para formar alunos negros, principalmente mulheres, que é o meu foco principal, trazer inclusão para o mercado de audiovisual, tão carente de diversidade em funções de chefias. Sim, formar uma nova geração e passando todo o meu conhecimento técnico e profissional, além de plantar sementinhas de cinefilia em cada um deles, fazendo-os estudarem história do cinema, verem filmes clássicos. É uma delícia ver o quanto os olhos da galera brilham quando entendem que amar o cinema é o principal na área.

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14/01/2021

13/10/2011

Entrevista com Fabricio Santiago, ator do filme Vamos Fazer um Brinde


O jovem Fabricio Santiago tem 23 anos é ator, diretor, roteirista e também foi integrante do grupo Nós do Morro, desde o ano de 1998 até junho de 2010, onde cursou as disciplinas que integra a grade curricular de formação artística do grupo. Na televisão já participou do elenco de Malhação, Tv Globinho, Sitio do Pica Pau Amarelo entre outros. Atualmente, fez parte da produção Vamos Fazer um Brinde, que foi um dos filmes nacionais selecionados para o Festival do Rio de Cinema desse ano. Para falar um pouco da sua carreira no cinema e seus futuros projetos, fomos conversar com o artista carioca.  




1)      Como surgiu o convite para fazer o longa Vamos Fazer Um Brinde, selecionado para mostra Novos Rumos do festival do RJ desse ano?
     
Eu fui convidado pela própria diretora e roteirista do longa, Sabrina Rosa, ela já me conhece à mais de 10 anos, inclusive foi a minha primeira professora de teatro (junto com outro professor) e já atuamos no teatro também, então ela conhece o meu trabalho não é de hoje.




2)      Como reagiu a produção e o elenco do filme ao saber da seleção de Vamos Fazer Um Brinde para o tão aguardado Festival do RJ de Cinema 2011?
     
Nossa! Ficamos muito felizes, particularmente eu não esperava, por esses festivais serem tão concorridos. Participamos também do CINE-PE, o Festival de Pernambuco e a emoção foi a mesma.




3)      O que é cinema para você?


     Cinema é emoção, vibração, energia... Uma fonte onde eu posso explorar a minha arte da maior maneira possível, aquela tela imensa, invadindo o telespectador, fazendo com que ele sinta toda emoção (seja ela positiva ou não) e verdade que eu passo fazendo o que eu amo.




4)      Ainda é muito difícil conseguir dinheiro (incentivo/patrocínio) para rodar um projeto de cinema no Brasil? Por quê?


    Muito, aqui no nosso país não existe investimento voltado à cultura, o que é muito triste, pois assim como o esporte, cultura é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade.




5)      Já está com futuros projetos? Tem como adiantar alguma coisa para os nossos leitores? Será que vem um outro longa-metragem por aí?


Sim, inclusive nós vivemos de futuros projetos, alguns dão certos, outros...
(Risos) Será??? Será???  Tem sim, eu acabei de filmar o Longa "Totalmente Inocentes", está fresquinho, é uma paródia dos filmes favela movie, que deve estrear no meio do ano que vem (2012).




6)      Mande uma mensagem aos cinéfilos leitores desse site e ao pessoal que quer seguir a carreira artística.


Foi um prazer essa entrevista, é sempre bom falar de cinema e eu desejo boa sorte, galera, pois vocês vão precisar, porque não é fácil esse nosso ofício. (risos). E digo também para fazerem igual aos meus amigos diretores: Cavi Borges e Sabrina Rosa. Que se auto-produziram e está dando super certo! Não fiquem esperando o trabalho bater em sua porta, façam vocês mesmo.


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