Fechar os olhos e sonhar pode ser o início da saída de algum lugar que anda em círculos. No ano em que a seleção brasileira de futebol ganhou a Copa do Mundo nos Estados Unidos, chegava aos cinemas de lá e de todo o mundo Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador, dirigido pelo cineasta Lasse Hallström. O longa fala sobre conflitos de um protagonista no epicentro de problemas sem saber direito o que fazer com seu futuro. O roteiro busca a ternura na melancolia buscando objetivar razões e emoções dentro da premissa que há muitas formas bonitas de enxergar o amor. Esse emocionante trabalho, rendeu a primeira indicação ao Oscar de Leonardo DiCaprio.
Na trama, acompanhamos Gilbert Grape (Johnny Depp). Um jovem que trabalha em uma pequena mercearia que
não tem muito público desde a chegada de um enorme supermercado na cidade. Ele vive
com a família, o irmão Arnie (Leonardo
DiCaprio) que tem autismo, suas outras duas irmãs Amy (Laura Harrington) e Ellen (Mary Kate Schellhardt) e sua mãe (Darlene Cates) que não sai de casa faz
sete anos em uma cidade chamada Endora, no interior dos Estados Unidos. Cidade
da qual nunca saiu e onde nasceu e foi criado. Sem saber muito o que é realizar
sonhos, ou mesmo sonhar, ele vive seus dias para ajudar sua família nas
dificuldades diárias. A chegada de uma jovem que mora em um trailer, Becky (Juliette Lewis) uma nômade que viaja de
cidade em cidade ao lado de sua avó, mudará um pouco o modo de pensar o mundo
do protagonista.
O roteiro no paralelo entre as escolhas e as perspectivas.
Tem um ritmo lento mas consegue sua força nas ótimas interpretações e quando o
espectador consegue entender tamanha profundidade nos conflitos que passa o complicado
personagem principal, esse último que se cobra demais, que só acena para um
egoísmo distante mas que faria parte de suas melhores escolhas, quem sabe. Fechar
os olhos e sonhar pode ser o início da saída de algum lugar de quem anda em círculos.