03/08/2021

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Crítica do filme: 'Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador'


Fechar os olhos e sonhar pode ser o início da saída de algum lugar que anda em círculos. No ano em que a seleção brasileira de futebol ganhou a Copa do Mundo nos Estados Unidos, chegava aos cinemas de lá e de todo o mundo Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador, dirigido pelo cineasta Lasse Hallström. O longa fala sobre conflitos de um protagonista no epicentro de problemas sem saber direito o que fazer com seu futuro. O roteiro busca a ternura na melancolia buscando objetivar razões e emoções dentro da premissa que há muitas formas bonitas de enxergar o amor. Esse emocionante trabalho, rendeu a primeira indicação ao Oscar de Leonardo DiCaprio.


Na trama, acompanhamos Gilbert Grape (Johnny Depp). Um jovem que trabalha em uma pequena mercearia que não tem muito público desde a chegada de um enorme supermercado na cidade. Ele vive com a família, o irmão Arnie (Leonardo DiCaprio) que tem autismo, suas outras duas irmãs Amy (Laura Harrington) e Ellen (Mary Kate Schellhardt) e sua mãe (Darlene Cates) que não sai de casa faz sete anos em uma cidade chamada Endora, no interior dos Estados Unidos. Cidade da qual nunca saiu e onde nasceu e foi criado. Sem saber muito o que é realizar sonhos, ou mesmo sonhar, ele vive seus dias para ajudar sua família nas dificuldades diárias. A chegada de uma jovem que mora em um trailer, Becky (Juliette Lewis) uma nômade que viaja de cidade em cidade ao lado de sua avó, mudará um pouco o modo de pensar o mundo do protagonista.


O roteiro no paralelo entre as escolhas e as perspectivas. Tem um ritmo lento mas consegue sua força nas ótimas interpretações e quando o espectador consegue entender tamanha profundidade nos conflitos que passa o complicado personagem principal, esse último que se cobra demais, que só acena para um egoísmo distante mas que faria parte de suas melhores escolhas, quem sabe. Fechar os olhos e sonhar pode ser o início da saída de algum lugar de quem anda em círculos.

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