20/08/2011

Amor a Toda Prova - Cinema com @vassilizai

Nesse novo longa dos diretores Glenn Ficarra e John Requa (que também dirigiram Golpista do Ano, filme que conta com a participação do brasileiro Rodrigo Santoro), a comédia e a emoção andam lado a lado, como cúmplices, no bom sentido, para o delírio dos cinéfilos que gostam de um ótimo passatempo nos cinemas.

O longa conta a história de um homem que descobre que foi traído por sua mulher e resolve aceitar os conselhos de um garanhão para se dar bem nas futura investidas românticas, ao mesmo tempo em que tem que lidar com os inúmeros problemas que seu divórcio trás à sua família.

O filme é bem parecido com outro longa, Hitch (Conselheiro Amoroso). Porém, com poucos minutos de fita já se percebe que esse novo filme de Carell e companhia é infinitamente superior. Mas não se espantem, irão ter comparações entre essas duas produções.

Steve Carell dá um show. Expressões, situações, jeitos. Movimenta o personagem de maneira habilidosa durante todo o filme. Chegou ao patamar do Jim Carrey, ótimo ator de comédia que possui uma veia dramática apurada. Bom ver comediantes talentosos mostrando todas as suas facetas em diferentes tipos de filme.

Ryan Gosling é um ator fora do comum. Nunca encontro muitas falhas em suas atuações. Mais uma vez pega um personagem diferente e desenvolve-se muito bem. Julianne Moore, uma atriz sempre carismática, interpreta a esposa do personagem principal e demonstra grande segurança em sua atuação. Emma Stone, que mais parece filha da Srta. Moore (impressionante como são parecidas), tem uma voz cativante e uma senhora presença em cena. Um dos destaques do filme é o jovem Jonah Bobo no papel do filho mais velho do casal recém-separado, que apronta muito com suas paixonites infantis. Fazem parte do elenco, também, Kevin Bacon e Marisa Tomei. Essa última está absolutamente fantástica e hilária como a professora alcoólatra que tem diálogos impagáveis com Cal, personagem de Steve Carell

Com um elenco que adiciona muito à trama e um protagonista, em especial, que tem uma de suas melhores atuações no ramo dramático cinematográfico, Amor a Toda Prova surpreende positivamente e vira uma das melhores comédias do ano.

A partir do dia 26 de agosto, confira esse bom filme num cinema perto de você!

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19/08/2011

Um Conto Chinês - Cinema com @vassilizai


Cuidado, vaca caindo do céu! Tal imagem surpreende a platéia já no início da nova fita de um dos grandes atores do cinema latino e mundial, o argentino Ricardo Darín.

Muito mal-humorado e recluso, o personagem a quem Darín dá vida foi combatente na Guerra das Malvinas, atualmente é dono de uma loja de ferragens e possui hobbys esquisitos, como: contar quantos pregos vem dentro de uma caixa e pegar uma cadeira de praia para reclinar-se ao acompanhar aviões pousando e decolando.

Um dia, ajuda um homem recém chegado da China (que não fala sequer uma palavra em espanhol) a encontrar o tio - seu único parente vivo. Os dois tentam se comunicar por sinais, fato que deixa o personagem de Darín muitas vezes furioso e, em alguns momentos, chamam o entregador de comida chinesa para auxiliá-los na tradução. Aos poucos vamos descobrindo um pouco sobre a vida desse argentino rabugento, que perdeu a mãe muito cedo e o pai com 19 anos, brilhantemente interpretado pelo grande astro hermano.

Em suma, Um Conto Chinês é uma história de duas pessoas, que às vezes parecem uma só, de diferentes culturas: um com um objetivo definido e o outro nem tanto. O longa é muito bem feito e passa uma mensagem positiva sobre os pilares da amizade. Muito interessante o final, pois acopla o início do filme e as excentricidades do personagem principal, surpreendendo o público.

Ricardo Darín e Ignacio Huang formam uma grande dupla nas telonas. Em atuações brilhantes, cada um a sua maneira, conseguem uma fórmula mágica de carismaticamente atrair o público.

Não percam mais essa grande obra do cinema latino. Lembrando que o filme é sucesso de público e crítica na Argentina, onde já teve mais de 1 milhão de espectadores.

Corram para os cinemas de todo o Brasil a partir do dia 26 de agosto! Com certeza, um dos melhores longas do ano! Diversão garantida!
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18/08/2011

Onde está a Felicidade? - Cinema com @vassilizai


“Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho”. Com essa frase à La Gandhi, o filme Onde está a Felicidade?, que estréia nas salas de todo o Brasil dia 19 de agosto, tem seu abre-alas.

O terceiro longa de Carlos Alberto Ricelli conta a história de Téo, uma apresentadora de um programa de culinária que descobre uma traição virtual de seu marido, interpretado por Bruno Garcia. A partir desse fato e após uma conversa, tem a idéia de curar todos os seus problemas em uma viagem à Santiago de Compostela, famoso ponto turístico da Espanha. O produtor de seu programa, interpretado por Marcelo Airoldi, e uma amiga espanhola a acompanham nessa jornada.

As paisagens são os mais interessantes aspectos da fita, deixando o roteiro e a direção um pouco atrás. O filme tem uma ótima intenção, mas boa intenção não ajuda a tornar um filme bom. O trailer gerou certa expectativa que não foi atendida pelo longa. Algumas cenas dão certo, outras não. O novo filme de Riccelli tenta divertir, mas tem diálogos que não acrescentam muito à trama. Me senti lendo um livro de auto-ajuda de mais de 200 páginas.

O longa tem muitas cores, principalmente o vermelho, fato que me lembrou muito alguns filmes do Pedro Almodóvar – só o fato de ter sido passado, em parte, na Espanha, já trás alguma referência.

Adnet poderia ter sido melhor aproveitado. Ele e sua esposa, a também comediante Dani Calabresa, fugiram dos personagens que estão acostumados a interpretar e a fórmula não se encaixou. Achei bastante exagerado o uso de tantos palavrões, principalmente pelo personagem do Marcelo Airoldi.

Observação cinéfila: fiquei perplexo com a semelhança, nesse filme, da Bruna Lombardi com a atriz francesa Melanie Laurent. Parecem mãe e filha.

O filme entra em cartaz na próxima sexta-feira e acho que você que curte livros de auto-ajuda e/ou quer prestigiar o nosso cinema, vale a pena conferir. 
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14/08/2011

Rindo à Toa - Dica de filme do @vassilizai

Pega um liquidificador e joga Skins, Malhação e uma pitada de Rebeldes. O resultado é essa fita bastante animada sobre o universo adolescente na França e que foi baseada em fatos reais. Não é o melhor filme sobre esse tema já feito, mas é bem legal por conta da dinâmica e das músicas que o compõem.

Tem de tudo um pouco.  Primeira noite de amor, drogas, brigas familiares,bandinhas adolescentes, confusões na escola...

O único nome de expressão é a musa francesa Sophie Marceau, que interpreta a mãe de uma das protagonistas da trama e convence muito no papel dessa, que acabara de se divorciar e tem que conviver com a tumultuada vida da filha mais velha, ainda encontrando tempo para um novo amor. Muito bom ver uma de minhas musas do cinema sempre nas telonas atuando.

Pessoas de todas as idades irão gostar, e recomendo para aquelas famílias com bastante filhos adolescentes e que gostam de fazer uma grande sessão de cinema naquele domingão chuvoso.

Nem tudo no filme é original e volta e meia vemos a presença de um clichê ou outro, mas, nesse tipo de filme sempre acontece e para o bem da diversão, passamos por cima desse mero detalhe.

Recomendo, mas tem filmes melhores do gênero.

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12/08/2011

Lanterna Verde - Cinema com @vassilizai

Mais um herói tenta sua chance com o público e crítica das telonas do mundo todo.  A bola da vez é o quadrinho criador por Martin Nodell e Bill Finger, Lanterna Verde.

Na trama, um piloto da força aérea é “escolhido” para ser o detentor de um anel que o transforma em um homem com super poderes: tudo que ele pensa é materializado e usado como saída para algumas situações. Tal anel pertence à tropa dos Lanternas Verdes, onde cada um deles é responsável por um setor/planeta. O “escolhido” da Terra é Hal Jordan. Podemos dizer que esse poder do personagem Lanterna Verde é um dos mais criativos do mundo dos quadrinhos.

Infelizmente o filme decepciona, principalmente se compararmos com outros filmes baseados em quadrinhos que migraram para o cinemas nesses últimos anos. Seu protagonista, Ryan Reynolds, vinha de uma boa atuação do elogiado “Enterrado Vivo” e era a grande esperança de fazer o filme ser adorado por todos os fãs. O esforço de Reynolds é visível, tentando transmitir com competência as fraquezas do personagem. Há algumas cenas cômicas, porém faltou um pouco de brilho para levantar a história do longa.

Os coadjuvantes não adicionam muito à trama. Tim Robbins (vencedor do Oscar pelo filme “Sobre Meninos e Lobos”) está igualzinho ao Bill Clinton, fato que logo no início me deixou um pouco confuso. Muitos clichês do longa vêm dos diálogos entre Reynolds e Blake Lively. Essa, apesar de exibir grande beleza em cada take, parece ainda carecer de mais firmeza nas atuações. Porém, sua pintinha à La Cindy Crawford irá alegrar os marmanjos de plantão.

Em alguns momentos, me senti assistindo a uma mistura entre “Top Gun” e “Senhor dos Anéis”. Bem esquisito, não? Outro detalhe: por que tanto gel no cabelo do personagem principal e da Angela Bassett? Será que os maquiadores desse filme gostam muito de Grease -nos tempos da brilhantina?

Resumindo, não gostei, mas acho que pode ter gente que irá gostar! Conselho: se for ver, assista em 3D!

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