Usando a mesma dinâmica de “Rumba” os diretores Dominique Abel, Fiona Gordon, Bruno Romy tentam
se encaixar no mercado cinematográfico de vez com o inusitado “A Fada”. Com carismáticos e
performáticos personagens essa fita francesa tem um roteiro cheio de surpresas
mas incomoda com a extensão da não-realidade nas sequencias, por mais que seja
a base da proposta da produção.
Na trama, um atrapalhado e azarado funcionário de um pequeno
hotel, após inúmeras tentativas de mudar sua rotina (a impressão é essa) acaba
encontrando em seu caminho uma fada que promete realizar três desejos sejam
eles quais forem. Após completar 2/3 do prometido, desaparece fazendo com que o
ex-azarado ronde a região do hotel em busca de sua fada.
Os personagens parecem que conseguem levar o público para
dentro da trama. Cada movimento, cada ação peculiar, cada frase possui um certo
impacto aos olhos cinéfilos. Por ter esse jeitão diferentão é que a fita se
torna extremamente atraente, menos, quando exagera nos sentidos das ações e no
seu complemento das lacunas por meio da ‘não-realidade’. É um filme que se você
conseguir se conectar nos dez minutos iniciais achará o filme bom, senão, vai
querer sair correndo de dentro do cinema. A história, longe de ser superficial,
é deveras original elevando o grau de atenção do espectador de maneira leve e
descontraída com um toque de alma e essência de cinema francês.
Se você gosta de filmes leves que possuem uma proposta
diferente, não deixe de conferir esse filme. Caso contrário, mesmo sendo
cinéfilo, pode não curtir.