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Corra
Lola Corra, acaba logo esse filme por favor!
O que esperar de um filme que já aconteceu, só que em outra
língua? Alguns diretores realmente conseguem algumas proezas que até o mais
sensato cinéfilo duvida. A cineasta francesa Lisa Azuelos, em 2008, dirigiu o “Rindo à Toa” que tinha Sophie
Marceau como grande destaque. O filme fez bastante sucesso, elogios de
crítica e público, tudo o que um artista gosta de ouvir. Pois bem, quatro anos
mais tarde, a mesma diretora resolve americanizar a historinha e o resultado? Clichês,
personagens longe de terem carisma e uma trajetória de muito sono que os
cinéfilos são convidados a caminhar a partir dessa sexta-feira (10/08) nos
cinemas brasileiros.
Na trama, conhecemos o universo imaturo de Lola (Miley Cyrus) que vive no clímax de sua adolescência
cercada de amigas e amigos. Indefinições amorosas, invejas estudantis,
traições, amizades duvidosas, depilação brasileira (não entendeu? veja o filme),
amizades coloridas, vício pela tecnologia de nossa era, tudo isso e mais um
pouco é o que passa no dia a dia dessa jovem que só consegue buscar um conforto
para suas indecisões no colo de sua mãe (interpretada por Demi Moore). Essa última, por sua vez, também vive uma vida
complicada em suas idas e vindas com o ex-marido e o surgimento de um novo
amor.
Sem entrar em uma profunda análise sobre o filme,
principalmente pelo sono que atravessa aos olhos cinéfilos durante a projeção,
podemos dizer que “Lola” (2012) é um
forte candidato ao ‘Framboesa de Ouro’ do ano que vem. Diálogos que beiram a nulidade, personagens
que sumiram com o carisma que transbordavam nos artistas franceses quatro anos
atrás, o ritmo acelerado completamente confuso que a trama segue, além de cenas
desnecessárias deixam essa fita quase insuportável.
Em certos momentos parece que não estamos vendo um longa
metragem e sim uma vitrine de shopping, mega merchandising, principalmente no
começo do filme. Não que isso não ocorra em outras produções mas o exagero
dessa ativação atrapalha a interação do público com o universo do filme.
Quando chegamos ao desfecho, as pernas se mexem nas cadeiras,
loucas para irem embora dessa viagem aterrorizante. O imaginário cinéfilo não é
fácil, logo pensa: Corra Lola Corra, acaba logo esse filme por favor!