O que fazer quando uma ligação é a única coisa que você tem
em uma situação de perigo? Com o comando do competente Brad Anderson (O
Operário), o novo suspense Chamada de Emergência consegue
prender o espectador do início ao fim se tornando uma boa opção para os amantes
do gênero. Mesmo com um roteiro recheado de exageros e cenas desnecessárias, o
longa é a grande volta de Halle Berry aos bons papéis após um hiato de
contestadas atuações.
No angustiante drama conhecemos a operadora da central de
emergências 911, Jordan Turner (Berry), querida pelos amigos, experiente na
função e que possui um relacionamento feliz com um policial. Em uma tarde,
recebe uma ligação de uma menina que está sendo atacada por um Serial Killer e
acaba cometendo um erro, levando a uma tragédia. Alguns meses depois, a
corajosa mulher poderá se redimir após receber uma outra ligação de uma menina
sendo atacado pelo mesmo assassino.
“Nunca prometa nada que não sabe se vai conseguir cumprir.”
Seguindo esse mandamento, conhecemos melhor uma profissão muita explorada no
cinema, porém, pouco explicada. Mesmo não sendo muito profundo nos dramas
pessoais dos personagens coadjuvantes, o roteiro é eficiente ao mostrar o
cotidiano de um departamento da polícia americana que ajuda a população em
momentos de tensão.
O entrosamento entre a eterna Miss Sunshine Abigail Breslin
(Noite
de Ano Novo) e a ganhadora do Oscar Halle Berry (Para Maiores) é ótima. Em
relação a essa última, com toda certeza a melhor atuação da veterana atriz após
ganhar seu maior prêmio. Juntas conseguem passar com verdade ao público as
conflituosas conseqüências do que vemos em cena. Um detalhe que incomoda em
relação aos personagens são as caras e bocas do assassino em série,
interpretado por Michael Eklund (Watchmen – O Filme) que fazem o
público muitas vezes rir em vez de criar qualquer tipo de tensão.
O filme, que custou cerca de U$$ 13 Milhões é um clássico thriller
que deixa o público com os olhos grudados na tela, mesmo que recheado de cenas
desnecessárias. Tem uma específica, na qual a personagem principal aparece em
close ao lado de uma bandeira americana, beirando ao ridículo. Mesmo com
algumas ressalvas, o climão de tensão é mantido do início ao fim, méritos da
ótima condução do diretor.