Os divertidos filmes trash, esquecidos pela nova geração de
cineastas e realizadores da indústria cinematográfica, volta a ganhar fôlego
com a ressuscitação do clássico filme de Sam Raimi, Evil Dead – A Morte do Demônio.
Com muitos elementos desse gênero de longa, rostos bonitinhos, vomitadas
nojentas, propaganda do All Star e bizarrices demoníacas, o filme tem uma boa
direção do estreante Federico Alvarez, porém, falta introdução para entendermos
melhor os objetivos dos personagens, uma falha grave de Diablo Cody (roteirista
de
Juno) que reescreveu o roteiro ao lado do diretor.
Nessa nova versão, acompanhamos a trajetória de cinco amigos
que se reúnem em uma cabana abandonada para um ritual de desintoxicação de um
deles. Acontece que neste lugar está enterrado um livro macabro que é aberto
pelo cover do John Lennon, um dos personagens do filme. Assim, esses amigos
precisam lutar pela sobrevivência nessa noite inesquecível de suas vidas.
Sam Raimi, o grande criador da história, está por trás desse
projeto atuando como produtor. Quando ainda era um estudante de cinema, no ano
de 1981, Raimi juntou US$ 50 mil e um grupo de amigos, rodando a primeira
versão de Evil Dead (que mais tarde viraria uma trilogia de sucesso
trash). A essência da história não é
perdida, mas fica claro que a primeira versão é muito superior à essa nova
adaptação. O clima de tensão é mantido, sempre com muitos exageros e cenas
fortes de exorcismo, um filme para Padre Quevedo nenhum botar defeito.
A ambientação segue o feijão com arroz de todo bom longa de
terror. Alguns diálogos provocam risos da platéia, interações clássicas dos
filmes do gênero. Na falta de bons filmes desse tipo no nosso circuito, Evil
Dead – A Morte do Demônio chega invocando os demônios e a nostalgia, o
que pode ser um prato cheio para os amantes de filmes que tem somente um objetivo:
causar sustos.