Quando o amor domina seu futuro. Mais uma vez, o cineasta
australiano Baz Luhrmann (do espetacular Moulin
Rouge – Amor em Vermelho) nos leva para dentro de uma fábula romântica
(baseada na obra de F. Scott Fitzgerald), delicadamente bem narrada, composta
de personagens instigantes que divertem o público com seus diálogos bem
humorados e seus dramas profundos. O Grande
Gatsby fala sobre a realização de um sonho, um desejo de um milionário,
escondido a sete chaves. Quando o público entende o sentido das ações dos
personagens, quando os mistérios vão caindo um a um, se vê dentro de uma
experiência inesquecível.
Na trama, somos jogados para dentro de uma história que mais
parece um conto de fadas trágico, narrada pelo jovem e talentoso escritor Nick
Carraway envolvido até o pescoço com o universo glamuroso em que seu vizinho
Jay Gatsby vive. Aos poucos, vamos descobrindo junto com Carraway os mistérios
de Gatsby, seu amor e sua obsessão que o leva ao limite.
O empolgante filme, todo rodado em 3D, se sustenta na
excelente adaptação de Craig Pearce (Romeu
+ Julieta) e Baz Luhrmann onde é explorado todo o universo misterioso que
pertence ao personagem título da história. Podemos classificar o longa como um
musical disfarçado de drama. Os números musicais são impecáveis tecnicamente,
você ri e se emociona em instantes quase simultâneos. Não é nada difícil se
conectar com a história que tem um começo um pouco lento mas que entra em uma
empolgante interação com o público antes de chegar na metade.
Tobey Maguire rouba a cena Di Caprio. Seu personagem, Nick
Carraway, tem a importante missão de ser o narrador da fábula. Para isso, o
artista escolhido não podia perder a personagem em nenhum segundo. Foi
arriscado apostar no já veterano ator californiano? Sim, foi! Mas o ex- homem
aranha domina Carraway com certa maestria. Talvez, o melhor trabalho de Maguire
depois de Regras da Vida, que chegou
aos nossos cinemas no distante ano de 1999.
Leonardo Di Caprio está ficando craque em aparecer no meio
dos filmes e quase roubar a cena. O ator melhora a cada longa metragem e não
resta dúvidas que se tornou um grande artista de sua geração. As últimas
sequências de seu personagem são sensacionais. Quem não acha Di Caprio um
grande ator pode estar sofrendo de miopia cinéfila grave!
Amanda Seyfried, Rebecca Hall, Rachel McAdams, Keira
Knightley, Blake Lively, Abbie Cornish, Michelle Williams, Natalie Portman, Eva
Green, Anne Hathaway, Olivia Wilde, Jessica Alba e Scarlett Johansson foram as
concorrentes de Carey Mulligan para interpretar Daisy Buchanan. Nenhuma dessas
seria uma melhor escolha do que a feita. Mulligan dá um show, sempre boas atuações,
impressionante. Vale o destaque também para Joel Edgerton, em um papel que era
para ser de Ben Affleck, que interpreta um vilão cheio de trejeitos que
enriquecem os diálogos.
Empolgante, emocionante, fabuloso. Não deixem de conferir.
Afinal, quem nunca teve um sonho? Bravo!