Ser profundamente amado por alguém nos dá força, amar alguém
profundamente nos dá coragem. Quando pensamos sobre o amor, milhões de frases,
momentos, filmes marcantes aparecem em nossa mente com a velocidade de um
asteróide. Quantas histórias já vivemos? Quantas ainda vamos viver? Lembramos
daquele dia no metrô quando surgiu espontaneamente um abraço apertado e um
brilho no olhar ao ver você de cabelo cortado sem aquela barba que conhecera, não esquecemos daquele show onde houve o
pedido para canções dedicadas e todas as letras refletiam o que vivíamos/sentíamos,
aquelas tardes no cinema sempre com os deliciosos debates sobre as histórias
que conferimos. Cada momento, cada lembrança. Tudo tem o seu significado.
Ver um filme ao lado
de alguém que você ama é igual a colocar aquela cereja no bolo. Se a história
for sobre o amor, então vira um momento emblemático que nunca mais vai sair do
seu coração. Pensando nisso, eis uma lista de 10 filmes que vocês precisam ver
ao lado de alguém que vocês amam.
10) A Vida de Outra
Mulher
"..não importa para onde vão ou se serão felizes, o que
importa é você sonhar.."Em seu primeiro longa metragem, como diretora,
Sylvie Testud explora a mágica do universo da viagem no tempo, com toda a trama
sendo executada por personagens carismáticos, porém, bastante complexos, que às
vezes se perdem nas composições e direcionamentos que a história vai rumando. A
musa francesa Juliette Binoche mais uma vez exala talento e se torna um dos
destaques da fita.
O filme aborda questões interessantes sobre o futuro de uma
jovem que possui dúvidas e sofre com a doença do pai. Quando é modificado seu
universo,ela percebe que a partir de algumas decisões tomadas, sua vida e sua
personalidade foi modificada de alguma forma e essa busca é um elo importante
com o espectador, onde juntos, vão descobrindo as respostas.
O roteiro ganha o público pelos excelentes (e profundos)
diálogos. A ato final, a declaração, a exposição do sentimento de maneira viva,
nua e crua é algo primoroso e leva às lágrimas os cinéfilos que conseguem se
identificar, de alguma maneira, com aquela história. É impressionante como
Binoche se transforma nos personagens, mesmo o filme ser longe de ser um
espetáculo, a artista francesa precisa de poucos minutos para ganhar a
confiança e simpatia do público. Vejam todos os filmes dela, mas assitam por
ela, super recomendado!
Em seu desfecho, as opiniões serão diversas. Na cena final,
não importa para onde vão ou se serão felizes, o que importa é você sonhar!
Veja esse filme!
09) Entre o Amor e a
Paixão
Como não gostar de um casal que comemora o aniversário de
casamento indo ao cinema? Com uma abertura detalhista, a rainha do drama Sarah
Polley une a ex-Marilyn Monroe, Michelle Williams e o ator de comédias Seth
Rogen em um filme profundo em busca da verdadeira essência da felicidade, assim
começamos falando do ótimo “Entre o Amor e a Paixão”.
O filme tenta quebrar o clima sofrido/melancólico com alguma
hidroginástica feminina, brincadeiras infantis entre o casal protagonista e
metáforas guiadas por uma trilha fabulosa. Olhar aquele relacionamento à olho
nu leva literalmente à diretora a takes polêmicos. Alguns nus frontais totalmente
desnecessários, outros se justificam, em partes. O jogo sedutor começa.
Declamações sexuais, desejos escondidos, o proibido vai se tornando cada vez
mais real, eminente. A trilha sonora é excelente. Se encaixa perfeitamente em
toda essa profunda trajetória.
Será que um olhar vale mais que mil palavras? Somos
testemunhas de uma grande direção. Cenas belíssimas vão compondo o longa. A
cena da piscina é ótima, praticamente coloca o espectador em um novo capítulo.
Isso é um fator positivo, pois, é como se uma mágica é quebrada ao toque
daqueles pés molhados. Só mesmo vendo para entender.
O estilo meio paradão pode afastar alguns cinéfilos. Por
isso o aviso: não corram! Deem uma chance dessa história chegar até você. Cenas
de sexo em panoramas 360 graus, pensamentos que se esbarram em metáforas, o
desfecho se constrói com base na premissa: entre amores e paixões faça a
escolha certa! Confira esse filme.
08) Livre para Voar
A fita inglesa ‘Livre para Voar’ é um drama que mostra um
peculiar relacionamento de amizade entre duas almas em fúria, por
circunstâncias da vida. O filme conta com a ótima direção de Paul Greengrass
(‘O Ultimato Bourne’) e tem no elenco dois grandes artistas que juntos em cena
elevam a qualidade do longa. Uma grata surpresa direto da terra da Rainha.
O longa, que foi lançado em janeiro de 1999 nos EUA, conta a
história de Richard um sonhador que é fascinado por aviação. Um certo dia,
decide tentar voar (com uma bugiganga inventada por ele) no prédio onde
trabalha sua namorada; o desfecho é de um total fiasco. Após o ocorrido, perde
a namorada e começa a ter uma crise emocional muito forte e decide se mudar de
Londres (cidade onde residia). Em um novo lugar, cheio de montanhas, dedica-se
à algumas horas de serviços comunitários (para compensar o incidente do Vôo).
Assim, entra em sua vida Jane Hatchard, uma jovem de apenas 25 anos que possui
uma doença degenerativa. A função de Richard agora é cuidar dessa jovem e aos
poucos uma grande amizade vai sendo criada mesmo após um pedido peculiar da
corajosa jovem.
Kenneth Branagh interpreta o protagonista Richard. Exalando
competência e carisma, transforma seu personagem num alegre sonhador e possui
ótimos diálogos com Jane Hatchard. Essa última é interpretada pela talentosa (e
às vezes esquisita) Helena Bonham Carter, nesse filme prova mais uma vez que é
uma das grandes atrizes inglesas de sua geração. Um papel extremamente difícil
que aos poucos vai comovendo o espectador. Os dois juntos, tem cenas
maravilhosas em diálogos cômicos e às vezes com uma carga emocional pesada.
Vale lembrar também das ótimas coadjuvantes: Gemma Jones e Holly Aird, que
fazem um belíssimo trabalho com suas personagens. Você vai rir, se emocionar e
alugar com certeza esse maravilhoso trabalho que tem o roteiro assinado por
Richard Hawkins.
07) Late Bloomers – O
Amor não tem Fim
A diretora Julie Gravas volta ao mundo cinematográfico após
seu último (e maravilhoso) trabalho em ‘A Culpa é do Fidel’. Dessa vez a filha
do famoso diretor grego Costa-Gavras embarca em uma história deliciosa narrada
por dois grandes atores do cinema mundial, William Hurt e Isabella Rossellini.
O foco principal é o eterno romance que há entre essas duas
almas que vivem um momento delicado de suas vidas, cada um com sua particularidade,
mesmo vivendo sobre o mesmo teto. Alguns sentidos da vida trocam de
importância, levando os dois a um caos em suas emoções e automaticamente
interferindo consideravelmente no relacionamento que mantém há muitos anos.
É um filme em que vemos o talento continuar percorrendo à
trilha do sucesso no mundo mágico da sétima arte. Isabella Rossellini é filha
da atriz Ingrid Bergman (‘Casablanca’) e do cineasta Roberto Rossellini, e como
já mencionado a diretora é filha de Costa-Gavras. A reunião de um elenco que
esbanja competência é a chave principal do sucesso de público e crítica que o
filme teve no mundo todo. Com uma ótima história e atuações maravilhosas
percebemos que se depender desse longa, nosso amor pelo cinema não tem fim!
06) A Delicadeza do
Amor
A culpa de um beijo transforma sofrimento em amor, modelado
por uma das formas mais peculiares que seria possível. Dirigido pela dupla
David Foenkinos, Stéphane Foenkinos “A Delicadeza do Amor” chegou aos nossos
cinemas no final de maio com o compromisso de manter a tradição de filmes água
com açúcar que a França exporta aos montes durante todo o ano. Delicado como
seu título, o filme consegue agradar todo tipo de público, por meio de canções,
por rodadas de câmeras em 360 graus e diálogos muito bem construídos. O
entrosamento em cena de François Damiens e Audrey Tautou é um ponto fundamental
para que o carisma transborde na tela.
A personagem passa por todas as fases de indignação após o
ocorrido. Rotinas são quebradas, objetos jogados fora, um sofrimento extremo
toma conta desses momentos. Um recomeço? Sim, lá no fundo daquelas duas almas a
busca é a mesma, de uma vida diferente agora um contando com o outro. A culpa
de um beijo em delírio se transforma em uma relação amorosa cômica e deveras
peculiar. O atrapalhado Markus, um sueco solteiro que se apaixona perdidamente
por sua chefe. Tem cenas impagáveis ao lado de sua paixão: o envio de um
‘smile’ errado, uma procura por uma noite romântica perfeita pela internet são
alguns exemplos do que esse simpático personagem apronta ao longo da história.
Nathalie é bem diferente de seu par. Mulher forte, determinada, vive
basicamente para trabalhar e aproveita pouco os prazeres da vida. O
relacionamento complicado e esquisito lembra muito um filme, também francês,
chamado “Românticos Anônimos”.
Gosta de rir e curte pitadas de emoção? Dê uma chance a esse
filme francês que é água com açúcar mas agrada pelas situações e seus ótimos
personagens.
05) Eu Receberia As
Piores Notícias Dos Seus Lindos
Um amor carnal e um amor por consideração, tudo isso em
forma de poesia filmada. No novo trabalho dos diretores Beto Brant e Renato
Ciasca, “Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos”, somos apresentados a
Lavínia, uma mulher complicada que passou por muitas fases em sua conturbada
vida. Vive num triângulo amoroso com um pastor e um fotógrafo, que os leva à um
esgotamento até a alma, terminando em um desfecho para lá de simbólico. Com um
ritmo lento em alguns momentos, principalmente em seu início, o espectador pode
ter uma grande dificuldade de se conectar com a história, porém, já segue o
conselho desse amante da sétima arte: Não importa a lentidão, veja-o até o fim
é um magnífico trabalho, em muitos sentidos.
O triângulo amoroso que é moldado leva os personagens a um
extremo em suas ações e na sua maneira de pensar. É uma fita viril quando tem
que ser, carnal como toda relação em alguns momentos. Se tivesse uma versão estrangeira desse
filme, um remake propriamente dito, o diretor mais indicado para comandar esse
barco poético seria Steve Mcqueen. Um casamento interessante, não acham?
Há cenas muito difíceis para os artistas executarem, há uma
entrega grande de todos os envolvidos, é nítido nas sequências. O personagem
Victor e suas cutucadas poéticas são um contraponto, ótimo, excelente
interpretação de Gero Camilo. O final tem pitacos de crítica social muito bem
amarrados no sólido roteiro de Beto Brant, Renato Ciasca, Marçal Aquino.Falsos
finais prolongam a fita até o angustiante desfecho, trágico para alguns e
simbólicos para muitos. Em meio a muitos cortes, Beto Brant e Renato Ciasca
realizam uma direção muito competente com a câmera esperta e olhares únicos
sobre aquela história que saiu dos livros e ganhou uma bela vida na telona.
Recomendado! Dê uma chance ao nosso cinema!
04) Sentidos do Amor
A grande virtude da humanidade é seguir em frente, haja o
que houver. Com um raciocínio parecido com esse, o novo trabalho do diretor
David Mackenzie explora ao extremo a maioria dos nossos sentidos, sob a ótica
do amor. O comovente drama é um filme bastante original que leva o espectador a
pensar em cima de tudo aquilo que está ocorrendo no planeta.
Na trama, uma cientista especialista em epidemias e um chef
de cozinha (ambos vivendo na Inglaterra) começam a escrever uma história de
amor após os traumas no passado de cada um deles. Porém, como prova dessa
união, enfrentarão uma epidemia de escala global: as pessoas estão perdendo, um
por um, os sentidos levando todos ao colapso de suas emoções. Será que esse
amor é mais forte que tudo?
Acompanhamos a história sob a ótica dos amantes Michael e
Susan (Ewan McGregor e Eva Green). Assim que perdem o primeiro dos sentidos,
mudanças ocorrem nas suas vidas. Oportunidades de conhecer novas coisas também,
a cena na banheira onde comem creme de barbear e um sabonete exemplifica bem
essa teoria. Conforme a raiva (sentimento que é uma espécie de interseção entre
as perdas de sentido) chega, o casal apaixonado sabe que mais um sentido foi
perdido e tem que recomeçar de novo, aprendendo novas maneiras de se viver.A
reflexão quando termina a fita é a prova que o filme toca em pontos importantes
e de tamanho interesse pelo público.
Não deixem de conferir a saga amorosa desses dois corações,
aprendendo a viver num mundo sem sentido.
03) Românticos
Anônimos
A apresentação do sentimento mais puro que temos, para duas
pessoas longe da normalidade, é feita de maneira bem recheada com açúcar, nessa
simpática fita francesa. Na emocional história dirigida por Jean-Pierre Améris,
que promete agradar a muitos cinéfilos, o mundo dos doces volta a ser tema de
uma comédia romântica.
Uma moça com um dom de criar maravilhas de sobremesas
através do chocolate e um gerente de uma fábrica com dificuldades. Duas almas
perturbadas por uma série de conflitos emocionais. Como unir esses dois
corações? O amor está presente em cada calda, cobertura, pedaço do filme e a
maneira como chegamos até a união desse casal é a grande sacada do longa
escrito por Jean-Pierre Améris e Philippe Blasband.
Uma fábrica de chocolates, que anda mal das pernas, contrata
uma jovem muito simpática para ser a nova consultora de vendas. Por trás de
toda essa simpatia esconde-se uma pessoa que sabe lidar pouco com as tensões da
vida. Aos poucos essa nova consultora vai se relacionando, de forma bem
peculiar, com o gerente da fábrica. Assim, nasce um amor onde todos se entendem
e ninguém se compreende. Ambos utilizam o auxílio de terceiros para resolverem
seus conflitos internos: ela é integrante dos Emotivos Anônimos e ele desabafa
todos os seus traumas com seu psicólogo. O amor vai nascendo da maneira mais
singela. As neuroses, por serem semelhantes, vão encurtando os obstáculos do
amor.
Um filme curto (aproximadamente 71 minutos) com ótimos
diálogos que você deve assistir!
02) Amor à Flor da
Pele
Pode o ser humano resistir a uma eminente história de amor?
O longa chinês 'Amor à Flor da Pele' responde com maestria a essa pergunta,
deixando o olhar cinéfilo compenetrado esperando ansiosamente o desfecho dessa
linda trajetória de dois corações em conflito. Uma atração que vemos em forma
de narrativa que se renova a cada momento da excelente trama de Wong Kar-Wai.
Na trama, Chow muda-se com sua mulher para um apartamento
simples. Li-Zhen se muda quase que ao mesmo tempo para um apartamento vizinho,
com seu marido. Como os esposos de ambos viajam muito, os dois passam a maior
parte do tempo sozinhos. Aos poucos vamos conhecendo melhor aquelas duas almas
gêmeas. Conforme vão se conhecendo,
muitas coisas em comum vamos percebendo entre os dois. No clímax, eles tem que
encarar a realidade que os assombra: o marido de Li-Zhen e a mulher de Chow
estão tendo um caso! O que será que farão os dois personagens principais dessa
grande história?
Esse filme figura entre lista de melhores produções da
década em que foi concebido. Não é para menos. Tudo se completa com bastante
sutileza e cada detalhe é uma peça diferente do quebra-cabeça complicado que
aos poucos vamos vendo sendo montado. A fotografia é um show à parte, com
detalhes únicos e que mostram mais uma vez como o cinema asiático é competente.
É uma experiência única, um pouco sentida para quem se acostumou a ver as mega
produções Hollywoodianas. Essa fita é poesia, feita com triviais elementos que
transformam esse em um dos meus filmes preferidos.
1) A Vida dos Peixes
É difícil pensar que um filme chileno, país de pouca
expressão no mundo do cinema, possa mexer tanto com o espectador em menos de
uma hora e meia de fita. Em “A Vida dos Peixes”, a simplicidade que sempre
devemos levar em consideração em qualquer produção de orçamento baixo, é o
pontapé inicial positivo desse trivial/genial longa. Pegaram poucos recursos
(até mesmo locações, só tem uma) mas com muita mão-de-obra qualificada (sim, os
atores) e colocaram no liquidificador, deu certo.
A trama, fala basicamente sobre um reencontro de dois
eternos namorados, em uma festa rodeada de passado e indefinição sobre o
futuro. O filme não toma tendências, o que é ótimo, os atores tem uma harmonia
comparável, sem dúvidas, a Julie Delpy e Ethan Hawke (“Antes do Amanhecer”/”Antes
do Pôr-do-Sol”) e ao casal de “Once” (aqueles que não sabemos os nomes dos
personagens até hoje).Matías Bize (que dirigiu o intenso “Na Cama”) é o
comandante desse grande filme. O diretor enriquece a fita com detalhes e ótima
movimentação da sua inteligente câmera. No elenco dois atores que se completam
muito bem em cena: Santiago Cabrera e Blanca Lewin dão vida aos personagens que
comovem o público com suas incertezas e desejos evidentes um pelo outro.
A trilha sonora é uma crítica à parte. Algo maravilhoso,
preenche cada lacuna daquele especial momento na vida dos corações apaixonados.
Créditos para Diego Fontecilla que assina essa obra de arte musical. Você sairá
do cinema correndo para o computador mais próximo querendo acessar o famoso
site de vídeos para ouvir novamente alguma das belas canções apresentadas nessa
fita.Extremamente recomendado! E você que não gosta de cinema sem ser o
“americano”, larga esse preconceito bobo e vá ver filme latinos, sempre achamos
bons trabalhos, está cada dia melhor!
Filme bônus: Loucamente
Apaixonados
Um amor inteligente em um desenvolvimento original. A futura
jornalista, o futuro designer de móveis. Um sentimento forte nasce desses dois
corações e faz a platéia se emocionar esperando para que lado o vento vai levar
essa relação. O novo longa do diretor Drake Doremus (confesso que não vi nenhum
outro filme dele), poderia ter sido mais um feito nesse gênero tão visto que é
o ‘drama recheado de amor’. Mas a maneira como vemos o desenvolvimento da
história é deveras interessante e transforma essa produção numa grata surpresa
a todos os cinéfilos.
Na trama uma jovem inglesa vai para os EUA estudar, lá se
apaixona por um rapaz. Juntos, vivem uma intensa paixão. Quando tudo está indo
muito bem, uma problemática com o visto da jovem coloca em xeque esse forte
sentimento. Eles acabam tendo que enfrentar um arriscado relacionamento à
distância. Será que esse amor é maior que qualquer obstáculo que a vida impõe?
Os atores possuem uma harmonia em cena e desenvolvem bem
seus personagens. Anna e Jacob são muito bem interpretados pelos competentes
Felicity Jones e Anton Yelchin. A primeira passa um carisma logo nas primeiras
cenas e faz o espectador sofrer com ela quase que em todo o filme, boa dinâmica
e ótima atuação. O segundo é um ator russo que já vimos em mega produções como
‘Star Trek’ (2009) e ‘O Exterminador do Futuro – A Salvação’ (2009), porém,
nunca enxergamos essa veia dramática que Anton consegue transmitir com esse
novo personagem. Um belo trabalho da dupla.
O longa bate na tecla de como pequenos detalhes se
transformam numa relação de amor e afeto, sem deixar de lado um ar juvenil
sobre o conceito desse forte sentimento. Por conta da distância, do
fuso-horário, dos novos trabalhos... resumindo... pelas barreiras impostas pela
vida, a melancolia toma conta dessa paixão.Aos poucos, o ciúmes toma conta da
história. ‘Simons e Samanthas’ contornam o imaginário dos protagonistas e os
levam a um caos emocional. A trilha muito boa de Dustin O'Halloran tem forte
presença em todas essas reviravoltas.Um
desfecho é proposto, gerando inúmeras interpretações para o público, que com
certeza, deve ver esse bom filme.