Estimado em U$$ 65 Milhões, o novo projeto, da agora atriz e
diretora Angelina Jolie é equivalente a uma novela mexicana: Dramalhões, cenas
forçadas, atuações longe da perfeição e uma direção que tenta maquiar
cinematografic amente qualquer falha de um roteiro bem fraco. Invencível é um enlatado norte-americano
que tenta criar um herói, uma espécie de soldado super atleta e patriota que
não respinga um pingo de simpatia nos longos minutos de filme.
O roteiro não é muito atraente (uma grande decepção pois foi
escrito pelos irmãos Coen), a ideia dos flashbacks foi muito mal executada
porque não consegue chegar no clímax de nenhum dos momentos vividos pelo
sofrido protagonista, principalmente na época que começou sua carreira de
atleta. Louis Zamperini é interpretado por Jack O'Connell, um ator que está
longe de seu melhor momento, pelo menos nesse filme., o que atrapalha ainda
mais no processo de interação do filme com o espectador, falta empatia. Domhnall
Gleeson acaba sendo o grande ator do filme, com seu personagem de fala mansa e
suas tiradas em meio aos dramáticos momentos que acompanha a história de seu
personagem, Phil. Quando Phil, some do filme em determinada parte, os cinéfilos
vão pedir pelo amor de Deus que ele retorne na cena seguinte urgente!
A parte mais interessante do filme acaba se tornando, um pouco
forçadamente, quando Louis é preso no campo de concentração japonês Omori.
Lutando contra um comandante japonês bem cruel, a esperança passa a ser uma
ilusão perdida dentro dos pensamentos do protagonista. Mas mesmo nessas
sequências, muitas cenas são forçadas. Parece que tentaram dar uma dramatização
deveras forçada para cada ato de bravura que o personagem principal executava,
fora a mal encaixada trilha sonora que percorre os incontáveis 137 minutos de
fita.
Invencível estreia
nesse mês de janeiro nas salas brasileiras e por conta de quem assina a direção
do filme, deve gerar uma leve curiosidade dos amantes da sétima arte. Para
vocês, corajosos cinéfilos que vão se aventurar a assistir a esse filme
preparem-se para cenas dramáticas que não vão refletir em nenhum tipo de
emoção. Como dizia Napoleão Bonaparte: “A bravura provém do sangue, a coragem
provém do pensamento.” Falta coragem ao filme.