Uma das mais recentes esperanças dos cinéfilos que curtem o
gênero terror, o longa-metragem australiano The Babadook (ainda sem sinal de que vai estrear no Brasil), se
resume em uma, apenas, brisa aterrorizante. Tinha uma grande possibilidade de
ser um ótimo filme mas acaba se arrastando em diversas partes além de arcos muito
mal definidos. De positivo, temos as boas atuações de Essie Davis e Noah
Wiseman que convencem em seus personagens. A direção da estreante em
longas-metragens Jennifer Kent é apenas regular, alternando ótimas sequências e
outras bem mornas.
Na trama, que fala sobre o universo do bicho papão em forma
de entidade, conhecemos Amelia (Essie Davis), uma mãe solteira que vive em uma
casa pra lá de estranha com seu único filho Samuel (Noah Wiseman). O garoto
vive em um mundo solitário, não consegue ter amizades e sempre gera uma grande
dor de cabeça para sua mãe. Certo dia, ele acha um livro macabro e a partir
disso começa a ver um monstro pela casa. Sua mãe, a princípio, não acredita
nele mas coisas estranhas começam a acontecer também para ela.
O climão tenso que tenta grudar na história do seu início ao
fim, é uma das coisas mais difíceis de acontecer em longas-metragens do gênero
terror. Mas mesmo conseguindo esse ótimo ponto de interação com o público, o
filme prende bem forte a atenção em alguns momentos, The Babadook parece não ter ritmo, falta alguma peça para segurar a
atenção completa quando o filme cai de rendimento quando começa a iniciar o
contexto ligados ao passado dos personagens que para piorar se mostram
totalmente desnecessários para os desfechos dos personagens.
Não é um filme ruim, longe disso. Acredito que a decepção
será percebida mais forte pelos cinéfilos, de acordo com a ansiedade de cada um
após ler a sinopse. De qualquer forma, se estreasse no Brasil, The Babadook tinha uma boa
possibilidade de bom público. Temos uma certa carência no circuito cinematográfico
brasileiro em relação a filmes de terror, poucos chegam por aqui.