Dirigido pelo cineasta Ericson Core, o remake do clássico de
Bigelow, Caçadores de Emoção é mais
um daqueles filmes, oriundos de outro, que nunca deveriam ter saído da
imaginação do roteirista. Com uma trama nada envolvente, atuações pífias
(extremamente forçadas) e uma direção que mais parece querer criar vários
clipes de músicas agitadas da MTV, o projeto nem de longe é a homenagem que a
galera de Keanu Reeves e Patrick Swayze merecia por ter marcado todo uma
geração com o primeiro original.
Na trama, conhecemos o ex-perito em esportes radicais Utah (Luke
Bracey), que agora é agente do FBI, que descobre uma quadrilha especializada em
esportes radicais que não obedece a lei. Sendo assim, pede permissão para se
infiltrar como agente disfarçado nessa quadrilha e assim acaba conhecendo o
líder do bando Bodhi (Edgar Ramirez), um homem cheio de inconsequências nas
ações que busca percorrer 7 desafios que ninguém nunca conseguiu.
Esse remake muito se diferencia do filme original. Alguns
rasos paralelos como os nomes dos personagens, uma leve lembranças ao clássicos
assaltos a banco com rostos de ex-presidentes norte-americanos, são o que
encontramos à vista grossa de semelhança. Tudo é muito diferente. O roteiro não
consegue ter o brilho que o primeiro tinha. A direção não chega aos pés, nem à
criatividade, que Bigelow conseguiu no primeiro filme. A dupla de protagonista
deste...melhor nem comentar. Inventar um universo em cima de outro universo
precisa ser um trabalho quase que perfeito para que tenha alguma chance de
sucesso no mundo mágico do cinema. Obviamente, Caçadores de Emoções do ano de
2016 não consegue isso.
Em vez de cuidar com carinho do lado emocional dos
personagens e tentar passar um pouco de emoção ao público, o diretor optou por
focar nas cenas de ação e adrenalina que mais parecem clipes de esportes
radicais.