Tem determinadas ideias que são somente as mesmas ideias de outros
filmes. Dirigido pelo cineasta iraniano Babak Najafi e escrito por nada menos
que quatro roteiristas, Invasão a
Londres tem fortes chances de concorrer
ao cobiçado Framboesa de Ouro. O
roteiro beira à chatice, a direção é totalmente descontrolada e as atuações são
uma das piores da carreira de Gerard Butler e Aaron Eckhart. É difícil
encontrar alguma coisa que se salve nesse projeto que focou nos efeitos de
explosões a todo instante e esqueceu de escrever uma trama mais envolvente.
Na trama, que segue como uma espécie de continuação de Invasão à Casa Branca (que faturou mais
de 150 milhões de dólares nas bilheterias mundiais), voltamos a encontrar a
dupla dinâmica: o presidente dos Estados Unidos, Benjamin Asher (Aaron Eckhart)
e o agora chefe do serviço secreto Mike (o moço do 300), que dessa vez unem
forças para conseguirem sobreviver a uma série de ataques ao primeiro, em solo
britânico, após a ação maldosa de um grupo de terroristas que estão com raiva do
planeta.
Olha, sendo bem honesto, fora os filmes do Nicolas Cage, é
muito chato falar de filmes muito ruins. Invasão a Londres possui um roteiro
previsível, personagens sem carisma e uma direção que se arrasta ao longo da
projeção. Parece que as peças não se encaixaram, provavelmente será uma grande
decepção para os que gostaram do primeiro filme dessa franquia. O projeto não funciona como ação, se perde no drama e
ainda tenta colocar alguns diálogos meio cômicos que encaixam muito mal. Há
falhas nas subtramas, muitas não aproveitadas. Um dos caminhos para o filme dar
certo passaria pelo sucesso dessas subtramas. Torcemos para que o filme acabe
rapidamente, coisa que não acontece.
O longa estreia nesta quinta-feira e parece tentar manter a ideia
de que os Estados Unidos são os sinistrões e que vencem todo mundo, sendo que
toda essa ideologia é muito mal conduzida transformando o filme em um grande
tédio.