06/01/2017

Crítica do filme: 'Vizinhos Nada Secretos'

Caso um dia a inveja bata na sua porta, deixe-a entrar pois nada é pior do que um mal frustrado. Dirigido pelo cineasta nova iorquino Greg Mottola (do engraçado Superbad: É Hoje), Vizinhos Nada Secretos possui uma daquelas histórias chatas que já vimos em alguns insuportáveis blockbusters ao longo dos anos. Tudo é muito ruim, do roteiro, às atuações, à direção. De secreto mesmo vem a qualidade, que fica escondida durante todo o filme, secreta mesmo.

Na trama, conhecemos Jeff Gaffney (Zach Galifianakis), um homem da classe média norte americana que mora em um simpático bairro com sua esposa Karen (Isla Fisher). Certo dia, Tim e Natalie Jones (Jon Hamm e Gal Gadot) se mudam para a vizinhança dos Gaffneys e logo um misto de mistérios com inseguranças acabam tomando conta da vida dos protagonistas, já que os novos vizinhos são na verdade dois espiões que estão naquele bairro para uma missão.

O roteiro assinado por Michael LeSieur possui arcos muito mal definidos. Na primeira parte da história, uma introdução bastante superficial acompanha a trajetória corrida dos personagens abrindo aspas apenas para tentativas de piadinhas sem graça em grande parte dos diálogos, principalmente entre a dupla de protagonistas. Do meio para frente uma ação desenfreada é instaurada e tudo que acontece na tela vira uma grande confusão na mente do espectador. Mesmo sendo feito de maneira para rir em alguns momentos, dá mais vontade é de chorar (de raiva).  

Em falar nos personagens principais, não há um pingo de carisma na dupla (nem no quarteto) interpretada por Zach Galifianakis e Isla Fisher. Os novos personagens, os vizinhos, que poderiam agregar alguma coisa à trama acabam virando manequins humanos para criar o estereótipo das belezas hollywoodianas, principalmente a nova Mulher Maravilha Gal Gadot.


Vizinhos Nada Secretos (título mais clichê impossível), estreia no circuito brasileiro no mês de fevereiro e deve ser mais uma daquelas comédias hollywoodianas que passam voando pelos cinemas, tiram alguns poucos risos e são deletadas da mente dos espectadores em poucos dias.