Quando a vingança é o único destino que temos. Baseado na
obra homônima de Brian Garfield e
também no clássico longa-metragem da década de 70 dirigido por Michael Winner, roteirizado Wendell Mayes e protagonizado pelo
lendário Charles Bronson, Desejo de
Matar (2020), filme já disponível no amplo catálogo da Netflix é um projeto
que busca na ação sua força motriz, dessa vez protagonizada pelo eterno John
McClane Bruce Willis, mostra a
história de contraponto à redenção de uma alma perturbada por traumas que
desperta para a violência de maneira inconsequente. Pena que tudo é muito
previsível nesse novo roteiro, tendo brilho somente no pequeno espaço que
arranja para falar sobre a questão da violência e a própria população se
armando para se defender.
Na trama, conhecemos o renomado médico cirurgião Paul Kersey
(Bruce Willis), aluno brilhante da
prestigiada faculdade de Stanford que vive uma vida praticamente perfeita ao
lado de sua esposa Lucy (Elisabeth Shue)
e sua filha Jordan (Camila Morrone).
Certo dia, a vida do protagonista muda ao avesso quando descobre que sua filha
e sua esposa foram baleadas em uma tentativa de assalto a sua própria casa. A partir
desse trauma, Paul desperta em si uma parte nunca antes vista, aprendendo sobre
armas e virando um justiceiro implacável na cidade de Chicago.
Se não fosse a previsibilidade que compõe os primeiros
arcos, essa fita de ação tinha boas chances de estar na galeria dos bons
projetos do gênero ação de 2020. Mas não adianta, parece que existem fórmulas
hollywoodianas que insistem em estar em todas os filmes. Um copiar/colar que
incomoda muito a quem assiste muitos filmes. Bruce Willis, conhecido em filmes de ação, topa o desafio de tentar
buscar originalidade em um roteiro não tão brilhante quanto o da década de 70, tenta
levar o roteiro nas costas muito por conta de seu intenso carisma mas acaba
naufragando junto com todo o resto.