03/09/2020

Crítica do filme: 'Piqueiro'


Os Sobressaltos das peças envolventes, o caminhar elegante e o prazer de curtir um momento que para muitos pode ser simples mas que para esse personagem cria-se um prazer inenarrável. Quem nunca conseguiu dar valor aos pequenos momentos de sua vida? Em uma era de velocidade de informações, ritmo frenético em trabalhos árduos mundo à fora, paramos de prestar a atenção em nós mesmos e na nossa importante arte do sonhar. Com roteiro e direção de Gino Francesco Baldeón Ottati (também conhecido como Gino Imagino), Piqueiro é um curta-metragem de poucos minutos mas que nos fazem refletir durante horas. Utilizando a técnica de animação inclui em sua chamada de reflexão o poder da manipulação dos nossos sonhos.

Visto na 1ª Mostra Internacional de Cinema Virtual, realizada pelo Governo do Estado de São Paulo, em tempos complicados de ainda pandemia por aí, o projeto desconstrói qualquer racionalidade dentro de uma realidade que não existe. O prazer e a renovação de um novo dia podem ser argumentativos ou explicados pela troca da natureza e suas forças inexplicáveis. Um dos ícones das Ilhas Galápagos, um piqueiro de pés azuis é o protagonista que não causa estranheza somente nos faz levitar e sonhar e sonhar. Afinal, quem não queria um pedaço da lua para si?