Feito para se divertir sem nenhuma pretensão de caminhar em questões existenciais profundas, em 2004, chegou às telonas um filme que ficaria na memória de gerações e gerações: Eurotrip - Passaporte para a Confusão. Dirigido pelo cineasta Jeff Schaffer, seu primeiro e único trabalho assinando como diretor de um longa-metragem, o projeto é um curioso acoplado de cenas muito engraçadas, longe de um politicamente correto, que diverte do início ao fim. Para ser a cereja do bolo, uma música chiclete composta para um dos personagens se tornou um ponto de encontro para risos e gargalhadas para toda uma geração de cinéfilos.
Na trama, conhecemos Scott (Scott Mechlowicz), um jovem que acabou de concluir o ensino médio
norte-americano e ao mesmo tempo acaba terminando de maneira abrupta seu relacionamento
com a namorada Fiona (Kristin Kreuk)
com quem achou que ficaria pra sempre. Ingênuo é sempre zoado pelos amigos e
por seu irmão menor. Ele pratica alemão com uma pessoa que mora em Berlim e que
ele acredita ser um homem, só que ele está enganado e a pessoa com quem ele
fala todo dia pelo computador na verdade é uma linda garota chamada Mieke (Jessica Boehrs). Desesperado em fazer
acontecer esse relacionamento, ele se junta a Jenny (Michelle Trachtenberg),
Jamie (Travis Wester) e seu grande
amigo Cooper (Jacob Pitts) para uma
volta pela Europa à procura de Mieke.
Surfando na década da onda onde filmes com adolescentes se
tornam protagonistas com suas situações engraçadas e situações que todos de
alguma forma já enfrentaram ou ficaram sabendo, como o precursor American Pie, Eurotrip - Passaporte para a Confusão buscou
seu caminho através do imaginário inusitado do universo das viagens em grupo. Os
exageros chegam em forma de contexto social para à época: como o valor do dólar
em parte da Europa, as famas da liberdade nas cidades holandesas, o controle
rígido do Vaticano em torno da figura do Papa, à procura sempre intensa aos
museus e passeios culturais, o recorte sobre o hooliganismo que nada mais é que
um comportamento destrutivo e desregrado ligados à algumas torcidas britânicas
de futebol, até mesmo os primórdios da internet.
A trilha sonora acaba ganhando um papel importante nesse
trabalho. Uma banda formada em Boston em meados da década de 90 chamada Lustra,
sem grandes sucessos até então, ganhou na loteria em 2004 ao compor a canção Scotty
Doesn't Know que virou a grande referência desse projeto que diverte do início
ao fim. Quem não viu, tem a chance de assistir na Amazon Prime Video....e mais
uma coisa... não conte pro Scott!