11/06/2022

Crítica do filme: 'Assassino sem Rastro'


Caminhando pelo mais do mesmo. De volta às telonas, um fato que vem acontecendo com bastante frequência, Liam Neeson nesse primeiro semestre de 2022 nos apresenta mais uma vez a saga de um homem e sua busca por redenção. Longe de ativar a caricatura do herói em mais esse personagem de ação, em Assassino Sem Rastro, o ator irlandês, de recém completos 70 anos, caminha pela mesmice em um roteiro raso, superficial, baseado no longa-metragem belga De zaak Alzheimer lançado em 2003. A direção tem a assinatura de Martin Campbell.


Na trama, conhecemos Alex (Liam Neeson) um veterano assassino que ao mesmo tempo que é perseguido pela organização que prestava serviços se depara com o avanço da doença de Alzheimer e em seu último ato resolve fazer justiça com as próprias mãos expondo uma rede de crimes controlada pela empresária Davana (Monica Bellucci). Assim, mesmo longe de estar dentro da lei, contará com a ajuda do policial Vincent (Guy Pearce).


Ação, aventura, escolhas. Esses três itens sempre estão embutidos em quaisquer filmes do astro Liam Neeson nos últimos anos. Depois de comoventes trabalhos no cinema, como no ótimo Kinsey, ele resolveu investir numa sequência de filmes de ação que acabam sendo um compilado de mais do mesmo. Talvez ele algum dia possa pensar na ideia de ir para o mundo das séries pois esse formato de episódios e temporadas se encaixa melhor nos seus últimos trabalhos.


Em Assassino Sem Rastro parece mais uma temporada de Liam Neeson nos filmes de ação, contorna a fórmula de bolo batida de sonolentos outros trabalhos levando a impaciência de qualquer um que ainda tenha esperança de assistir a um grande filme de ação. Mesmo sendo pouco criativo, com conflitos resolvidos de maneira simplista, e com um público cada vez mais exigente quando vai ver um filme no cinema, o projeto pode agradar que curte o famoso ator e quer apenas se divertir vendo um filme que é parecido com tantos outros por aí.